Sábado fui ao Arraial Lisboa Pride, a uma discoteca e a um quarto escuro! Tudo numa só noite onde houve lugar para o óptimo e para o péssimo - mas sempre com uma companhia irrecusável!
Lembram-se deste meu amigo do Porto? Pois bem, voltou a Lisboa e para ter o seu primeiro Arraial gay e, claro - tinha de ser na minha companhia! XD
Marcamos encontro as 22h no Cais do Sodré pois marcar no Terreiro do Paço daria confusão: adeptos de futebol + gayzada, daria certamente desencontros e muita confusão. Fomos ao encontro do palco, através da Ribeira das Naus e o vento já nos dizia que seria uma noite gélida - e assim foi! Demos uma voltinha ao Arraial e como sempre, nada de grandes mudanças. Fomos buscar bebidas à Associação Rede Ex Aequo - eu bebi uma vodka preta e ele uma vodka de limão! Saímos da confusão e pusemos-nos a falar perto da zona lounge e, quando encontramos lugares, sentamos-nos dentro da tenda.
Conversa puxava conversa e a música do palco puxava asco - não percebo a escolha musical do Arraial deste ano. Já no ano passado critiquei a merda de música e, este ano, é ainda pior! Mas onde foram buscar esta gente? Mas... quem são eles? Quando Portugal marcou um golo, a cantora que estava no Palco disse uma coisa extremamente triste... Ao olhar para o recinto, ninguém estava a dançar, ninguém estava a gostar do que estava a ouvir. Quando demos uma voltinha ao palco, vimos apenas umas 20 pessoas a pular com a musica e, pessoas que estavam nas grades da frente, a fazer um tremendo frete a ouvir a porcaria que estava a tocar! Ainda dizem que vem cá a Cher ou a Katty Perry... fodase, este Arraial precisa de ser urgentemente salvo - tem imenso publico mas não sabem cativar e depois, vão se embora, tal como eu fui!
O tremendo vento que se fazia sentir, as péssimas actuações musicais, e a vontade urgente de nos divertir, foi o mote de nos pirarmos dali para fora! Fomos buscar uma kebab (que mais parecia um wrap lol) e rumámos ao Príncipe Real - tínhamos decidido que íamos a um bar e, depois, a uma discoteca -sim, ainda eram 2 e tal da manhã! No caminho, e ainda a chegar aos Cais do Sodré, ouvimos um grupo a dizer que, o último Arraial bom que tinham visto, foi há 2 anos, onde até havia gogo's a dançar e tudo - pois, eu lembro-me bem disso: eu estava lá! Quando chegamos ao jardim do Príncipe Real, apercebi-me que não sabia a localização exacta dos bares... Aliás, até sabia, mas estava indeciso se o caminho mais perto se fazia pelo Construction ou pelo Trumps - decidimos ir pelo Trumps no qual rapidamente percebi que aquele não era o caminho! LOL Descemos até ao jardim e, a partir do momento que vi o bar 106, percebi logo onde estávamos. Queríamos ir ao bar WoofLX mas, começamos a perceber que os bares estavam prontos a fechar e, à porta do Finalmente, decidimos que era hora (3 da manhã lol) de irmos para o último e derradeiro local de diversão da noite - a discoteca Construction!
Vista da varanda do primeiro andar para a pista de dança |
Após passarmos pelos lindos seguranças, lá entramos na reformulada discoteca mas, eu poucas diferenças notei - ou talvez por eu ver muito distraído?! Anyway, fomos buscar as nossas Coca-Colas e mergulhamos no mar de gente gira, musculada (e algo peluda) mas sempre viril! A música estava incrível e a vontade de dançar subia-nos pelos corpos! Quando fui à discoteca em 2015, nunca imaginei que me pudesse soltar tanto como desta vez! Estava de facto, à vontade, a dançar no meu estilo e a divertir-me! O meu amigo, também nunca tinha ido a uma discoteca em Lisboa e também estava a adorar! Mas, ir ao Construction e não ir ao "quarto escuro", é como ir a Roma e não ver o Papa! Enchi-me de coragem e lá fui.
Subi as escadas estreitas e íngremes, como se tivesse a ir para as "Portas do Paraíso" e, já no alto, uma espessa e pesada cortina preta, como se o acesso fosse fácil porém, duro. Com medo, a minha não direita abriu as hostilidades e o meu corpo quis saber mais e, curioso, entrou. A cortina fechou-se. Senti um ar arfado e quente contudo, um silêncio tórrido entranhava-me e o pavor também. Todavia, quis saber mais. Percebi que, havia duas portas à minha esquerda: a mais distante parecia ser de emergência e, a de mais perto, parecia um vácuo de um negrume que era demasiado para mim. Continuava a não ouvir nada e, apenas sentia, a tentação e a adrenalina dentro de mim. Num ápice, virei costas e voltei à luz! Voltei a ter à minha frente as tenebrosas escadas que, já nem pareciam as do céu, mas da fatalidade. Desci o mais depressa que pude, mas sempre com segurança - agarrado ao corrimão. Tanto entusiasmo para quê? Não estava a acontecer lá nada!
De volta à conversa, conferenciávamos coisas do nosso dia-a-dia, projectos e coisas passadas. Agarrados à nossa segunda Coca-cola, no bar do 1º andar, e sentados nos sofás pretos, víamos passar os gogo´s da noite, pessoas trans e gente muito interessante. Tive ao meu lado a trans mais gira daquele local que, por algum motivo, estava a ser (mal) falada pelas restantes lá existentes. E a noite já ia longa, tal como a nossa conversa. Já eram quase 6h da manhã e era altura de levar o portuense de volta a casa. As 8h já estava ele no alfa e eu, lá fui para casa.
Gastando exactamente 20€, tive aquela que foi uma das melhores noites da minha vida: bons passos de dança, muita risada e boas conversas. O que uma pessoa pode desejar mais da vida? =D
Beijinhos e portem-se mal!! ;)
P.S. - Quando ainda estávamos no Arraial, vimos um homem podre de bêbado a dar voltas em si próprio e, caiu de cara no chão! Mas, aconteceu um momento "marés vivas", onde uma série de bombeiros jovens forem socorre-lo... Enfim, há bêbados com sorte! ^^
Subi as escadas estreitas e íngremes, como se tivesse a ir para as "Portas do Paraíso" e, já no alto, uma espessa e pesada cortina preta, como se o acesso fosse fácil porém, duro. Com medo, a minha não direita abriu as hostilidades e o meu corpo quis saber mais e, curioso, entrou. A cortina fechou-se. Senti um ar arfado e quente contudo, um silêncio tórrido entranhava-me e o pavor também. Todavia, quis saber mais. Percebi que, havia duas portas à minha esquerda: a mais distante parecia ser de emergência e, a de mais perto, parecia um vácuo de um negrume que era demasiado para mim. Continuava a não ouvir nada e, apenas sentia, a tentação e a adrenalina dentro de mim. Num ápice, virei costas e voltei à luz! Voltei a ter à minha frente as tenebrosas escadas que, já nem pareciam as do céu, mas da fatalidade. Desci o mais depressa que pude, mas sempre com segurança - agarrado ao corrimão. Tanto entusiasmo para quê? Não estava a acontecer lá nada!
De volta à conversa, conferenciávamos coisas do nosso dia-a-dia, projectos e coisas passadas. Agarrados à nossa segunda Coca-cola, no bar do 1º andar, e sentados nos sofás pretos, víamos passar os gogo´s da noite, pessoas trans e gente muito interessante. Tive ao meu lado a trans mais gira daquele local que, por algum motivo, estava a ser (mal) falada pelas restantes lá existentes. E a noite já ia longa, tal como a nossa conversa. Já eram quase 6h da manhã e era altura de levar o portuense de volta a casa. As 8h já estava ele no alfa e eu, lá fui para casa.
Gastando exactamente 20€, tive aquela que foi uma das melhores noites da minha vida: bons passos de dança, muita risada e boas conversas. O que uma pessoa pode desejar mais da vida? =D
Beijinhos e portem-se mal!! ;)
P.S. - Quando ainda estávamos no Arraial, vimos um homem podre de bêbado a dar voltas em si próprio e, caiu de cara no chão! Mas, aconteceu um momento "marés vivas", onde uma série de bombeiros jovens forem socorre-lo... Enfim, há bêbados com sorte! ^^