Em Setembro: lê as entrevistas EXCLUSIVAS aos realizadores Miguel Gonçalves Mendes, Gonçalo Almeida e ainda ao Director do MOTELX Pedro Souto! =D

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Cigano Gay

Olá Olá!

Ouve-se falar mal dos ciganos (como se fosse novidade!), mas o que fazemos nós para integra-los na sociedade? Eu agora podia ser demagógico e dizer que "até tenho um amigo cigano" mas seria apenas... idiota. Há ciganos bons, como há ciganos maus - como em toda a sociedade, há pessoas boas e pessoas más, e daí? Mas e ciganos gays, há (o Ricardo Quaresma será um deles?...)?
Claro que há ciganos gays, como há gays em todo o lado mas, que dificuldades eles têm perante a sua família e cultura? Hoje, conto-vos algo que se passou comigo... e não há muito tempo!

Estava num restaurante com a minha mãe e reparei logo num homem moreno que lá estava, sozinho. Ele era um tipo perfeitamente comum mas tinha algo que me chamou a atenção, tinha algo de diferente… e ainda hoje não sei o que me captou a atenção nele.

Estávamos nós a comer, quando se chega ao pé do homem um mulher, cigana, com dois filhos muito mal educados. Percebi que a cara dele fechou-se em si própria e lá jantou com a mulher, e filhos. A mulher, a falar com uns jeitos de como lhe estivesse a dar ordens e, os filhos, a mandar tudo pelos ares; ele, não respondia a nada… jantava com a cara enfiada no prato.

Pensei: e se ele for gay? E se aquele homem, for gay, e não pode ser quem realmente é? E quantos homens é que existem, em Portugal e no mundo, que estão com mulheres por… medo da família, amigos, e da sociedade?

Ela levou os filhos à casa-de-banho e ele voltava a olhar para mim… com um olhar doce e envergonhado, como se tivesse a pedir socorro ou simplesmente a transmitir uma mensagem de conformação. Fiquei, naturalmente, triste.

Quantos homens e mulheres estarão reféns de si próprios? Quantos homens e mulheres vêem beijos e mãos dadas na rua, e eles têm que “falar mal” só para não serem “confundidos”? Quantos homens e mulheres é que têm de ter filhos para provarem nos meios onde se inserem que são homens e mulheres “à séria”?

É nestas alturas que penso que sou um privilegiado e, que tenho o dever, de poder ajudar quem vem até mim – porque a diferença somos nós que a fazemos, no nosso dia-a-dia, no nosso trabalho e na nossa escola; junto do café que frequentamos e do mini-mercado que vamos fazer as compras da semana. É o respeito que nos une, a todos.

Também já escrevi sobre os refugiados LGBT's na Europa... por favor, não se esqueçam deles! =/

Uns simplesmente vivem, enquanto para outros, é apenas um sonho!




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

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