Em Setembro: lê as entrevistas EXCLUSIVAS aos realizadores Miguel Gonçalves Mendes, Gonçalo Almeida e ainda ao Director do MOTELX Pedro Souto! =D

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Tu, Diogo Infante

Olá!

Sabem aquele livro que saiu este mês, sobre as pessoas LGBT's? Fui convidado a participar todavia, por motivos alheios à oferta deste texto para publicação, o mesmo não foi integrado no projecto.

Tendo em conta que o texto é sobre alguém que admiro muitíssimo, e como penso que ninguém deve ser privado de se exprimir (mesmo no anonimato), ofereço-vos (tal como sempre), estas palavras! =)
Fonte: Página de Facebook do Diogo Infante
"Sabem aquela paixão, quando somos putos, por um ídolo famoso? Eu fui uma vítima dessa onda!

Só aos 16 anos, é que passei a ter net. Até lá, e durante o meu crescimento, as figuras masculinas que me suscitavam interesse sexual, eram aquele modelos bombados em fatos de banho, ou o Ricky Martin (aquela grande bechona!). Eram estas personagens, que despoletavam a seiva natural existente na minha pessoa. Entre os tantos homens musculados que apareciam nas revistas, nem todos eram giros. Os giros, eram os outros  – os homens normais. Esta fase, foi a mais difícil da minha vida, um autêntico “winter is coming” (ou, em dias mais felizes, cumming): aprendi a ler tarde, não tinha amigos, era sempre o último a ser escolhido para jogar à bola, os rapazes gozavam comigo, o cancro de mama da minha tia… enfim, uma infância perfeitamente normal. Tinha défice de referências, ídolos, homens de como gostaria de ser; sem plumas, sem palavras de ordem, sem merdas – simplesmente, seguir as pisadas de alguém. Mas de quem? Quem seria essa pessoa? Quem?...

Diogo Infante, sempre foi para mim, o inacessível. O inalcançável. Conto pelos dedos de uma mão, quantos dos artistas que temos, que tenho a certeza que poderiam ter sucesso “lá fora” e, este, é um deles. O Diogo Infante, não despertava as hormonas que estavam em mim; suscitava o meu cérebro. Ambicionava-o. Queria ser como ele. “Mas, como ele, como?” Não sei. Ter aquele sorriso naturalmente charmoso, ser intelectualmente desafiante, e ter um olhar doce e confiante.

O Diogo Infante, foi a minha primeira paixão.

Como todas as paixões, esta também era possível, sendo para isso, que ambos o quisessem. E, para mim, era só uma questão de tempo… tempo de crescer.

À medida que ia amadurecendo, mais distanciava-se esta paixão. Mais tomava consciência que a homofobia existia. Mais tomava consciência que, não é por gostarmos de um homem, que ele também gostaria de nós… enfim, a dura realidade que a heterossexualidade existe! Ao mesmo tempo, ele, ia fazendo coisas mais e mais incríveis; enquanto eu, rezava a todos os santinhos (e mais alguns!), para passar àquele teste de matemática e, as minhas maiores preocupações, restringiam-se à escola. Era um fosso sem fim.

Para minha enorme surpresa, soube que o meu homem (entre aspas, claro!...), afinal seria gay! Pensei logo: “Como é que um homem destes é gay?”! É verdade, também existem gays bonitos e, nem todos têm de ser acéfalos, ou passar os dias a levantar ferro. Então, e passados tantos anos, cheguei à conclusão, que ainda poderia ter esperança! Ainda poderia existir, o mais belo casal gay em Portugal! E, ainda por cima, ele joga ténis 2 vezes por semana – há algo mais masculino, num homem, do que os seus bíceps bem treinados?... Não contando com os bíceps do braço direito dos solteiros, óbvio.

Durante anos, ecoava nos meus sonhos mais românticos (e, também, nos libidinosos!), a voz deste homem: confiante, amigável, e serena. Aliás, a sua voz, faz levantar qualquer bandeira… Desculpem, não resisti àquela piada nerd eurovisiva!

Há pouco tempo, revi o Diogo. Sim, ele mesmo!! Então? Bom, fui ver a peça “Quem Tem Medo de Virginia Woolf?”, ali, no Teatro da Trindade. OMFG! Como seria normal, não decepcionou. Há sempre aquela coisa, “não queiras conhecer o teu ídolo, para não teres uma desilusão”… bardamerda para os coninhas! Depois de ter perdido o cantor Peter Burns (ainda hoje, ele dá-me volta à cabeça!), encaro os ídolos de uma forma mais humana e, o Diogo, é isso mesmo. Poderia agora, rasga-lo de elogios, patati patata, mas todos nós sabemos quanto vale o “nosso homem” – ele é, o Cristiano Ronaldo da representação e eu…  sei lá, o apanha bolas?!

Porque isto é a vida! Nasci em 1992 (oh yeah, um “garoto”, como se diz no Grindr… aliás, eu não sei! Apenas ouvi de relance na rua…!) e, o Papai, em 1967. 25 anos separam os nossos caminhos. Ao longo destes anos, floresci. Aprendi a maior de todas as lições: não devemos idolatrar as pessoas, apenas as suas acções. E mais: devemos, todos, fazer uma reflexão. Olhar para dentro de nós próprios, e ver que, não devemos seguir cegamente os outros – mesmo quando julgamos serem perfeitos –, devemos ser o exemplo de nós próprios, devemos ser o Sol, e não procurar o Sol nos demais. A escuridão que todos temos, não é solução de nada… como diria a outra, “Je suis Malade”. O Sol está em nós, tal como o vazio. Os nossos amigos (amigos mesmo amigos, não aqueles a quem proporcionamos, ou que nos proporcionam, “finais felizes”), família (o Bobi conta, ‘tá?!), e aqueles momentos que nos dão prazer (como ler um livro técnico, ouvir os Kazaky, ou descer a Avenida da Liberdade [não a subir, claro, que subir cansa as pernas]), são os ingredientes para viver bem! E é isso que tento fazer, todos os dias: juntar as quantidades certas destes três ingredientes, para ter um bom futuro e é isso que vai acontecer. Mais do que rever-me nos outros, revejo-me nas minhas acções e, não preciso de ninguém, para certificar se aquilo que faço é bom ou mau… isso, aprenderei sozinho, tal como cada um de nós aprenderá. A ambição dos vizinhos, envenena os nossos sonhos. E, o meu sonho, é só ser feliz. Conseguirei algum dia?

É isto que mais gosto das pessoas – serem reais. Não terem aqueles tiques de vedetismo, ou aquele desdém que muitos psudo-artistas têm, quando só têm no cérebro serradura. Ser um ídolo, é ser mais do que a banalidade, mais do que ser vulgar… é ser ímpar na mundanalidade. É isto que é o Diogo: um actor que faz teatro, séries, novelas, filmes (Oh Diogo, desculpa lá que te diga, isto é assim, gosto imenso de ti pá, mas tenho de ser franco contigo: no “Pesadelo Cor-de-Rosa” (1998), a cor de cabelo que estavas a usar, não ficava-te nada bem! Vá, beijinho, era só isto!)... Mas bem, é por isso que ainda admiro o Diogo, passados tantos anos. É um homem, com tantas particularidades como eu, ou tu. Não importa de que equipa possamos jogar, ou que limite possa ter o nosso género… o esforço, a dedicação, e a qualidade, não tem paredes, nem território, simplesmente surge – depende simplesmente de nós. E foi aqui, que surgiu o Diogo Infante: um homem como qualquer um, mas com um dom diferente de todos os outros. Qual é esse dom? Bom, encontrem-no, tal como eu já o descobri!

Ele faz o seu dever. Assim façamos nós o nosso. Bela vida!
Boa viagem! Boa viagem!
Boa viagem, meu pobre amigo casual, que me fizeste o favor
De levar contigo a febre e a tristeza dos meus sonhos,
E restituir-me à vida para olhar para ti e te ver passar.
Boa viagem! Boa viagem! A vida é isto...

Álvaro de Campos, Fernando Pessoa."




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Yann Gonzalez

Olá!

Entrevistei, pessoalmente, o francês Yann Gonzalez, realizador de "Knife+Heart" - uma longa-metragem de Terror com temática gay! A entrevista aconteceu aquando da 12.ª edição do MOTELX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que se realizou no Cinema São Jorge.

Visto que a língua de conversação foi o inglês, resolvi não traduzir o que foi dito (quem não está à vontade com o inglês, basta ir ao canto superior direito do blog, ao "Translate", e seleccionar a língua mais conveniente). A entrevista, foi gravada por meio digital, e foi totalmente transcrita assegurando assim, a naturalidade de uma conversa que durou mais de 10 minutos onde, claro está, foi uma enorme honra para mim puder fazer todas as perguntas que tinha planeado... e ter respostas incríveis!
O realizador e argumentista francês Yann Gonzalez
Lisboa, 8 de Setembro de 2018, no Cinema São Jorge.

Adolescente Gay: How was your childhood and how does it connect with the projects that you’ve made?
Yann Gonzalez: I think that most of my films and what I’m trying to do, in general, is connected to my childhood.  Childhood, to me, is like the basis of everything. I would say childhood and teenage years, so it extended to the teenage years.
It’s funny that you’ve asked this question because yesterday I went to Cascais to see a kind of healer, a French woman, that a friend told me about and she told me that I was 80 % a child still today.

AG: How does journalism enter in your life?
YG: To me, it’s not a very important thing. It was a way just to stay connected to the cinema and to make a life out of it. To me, it was only a game, not something very serious.
So I had some fun and it was very happy years but to me, it was not something important.
I really wanted to make films.

AG: Did you go to college and study cinema?
YG: Yes I went to college, a public college, where I learned about film theory, nothing practical. We were not making films out there. We were just watching films, trying to analyze them and I had the most wonderful teacher in Paris, Nicole Brenez. She’s in charge of the Experimental Program at the French Cinematéque still today, and she opened my eyes to lots of different films and styles of images.

AG: How did you arrive at your last project “Knife + Heart”?
YG: To me, it’s a film that combines, in a very excessive way, lots of obsessions and that it’s trying to mix different genres to a point of no return in a way.
I think it’s the last film that I’ll try to do this way, in terms of mixing genres together, because I feel like I’m a bit fed up with people talking about my references, my favourite filmmakers.
It’s true. It’s very important in my life as much as a movie lover and a filmmaker but I just want to get rid of this and make something maybe simpler and with only one wave of emotions. To me, it was maybe one of my most experimental films, in terms of mixing genres.

AG: How was your experience this year in Cannes, given the case that your movie was nominated?
YG: It was super intense. It was something out of this world. It was a dream coming true because since I’m a kid, I want to make movies. Since I wanted to make movies, my craziest dream has been to go to official competitions in Cannes.
It was a bit weird to go there with my second feature film because now I don’t have a better dream than this one.
So I was floating. I was on air but at the same time, I was not. I think I tried to protect myself from this intensity, from all these intense and contradictory feelings that I was receiving.

AG: So you had a sense that you were more than 80 % child that time?
YG: Oh yeah. I was like 95 %.

AG: Why did you choose Vanessa Paradis?
YG: Because she’s an icon. Because I think she’s a great actress. I think she has this inner child that is very visible, very important. Our connection went through this inner child in each other.

AG: So you recognized one in the other?
YG: Yes.

AG: What was the biggest challenge in shooting the movie?
YG: It was super difficult. I think it was the most challenging thing that I’ve ever made. Everything is difficult but this one was excruciating. To me, it was like a big, big challenge since we didn’t have a big budget. We had like 2,6 million which is nothing because we had so many characters, so many actors, so many locations, special effects and animals shooting on film.
So, all of this was super expensive and every time I was going on set, every day, we tried to create a new challenge for every shot, for every sequence.  To us, it was really important.

AG: Why did you make a horror film that is porno-gay?
YG: Because I heard of this amazing character, a woman surrounded by a group of men and dominating them.
I thought it was really interesting. I think I’m a kind of sex-obsessed.
I like eroticism in film so when I heard of this woman working in the sex industry, I was really excited.
The silliness of the films she made. I like being silly in my films. I don’t take myself very serious. I just, as the woman told me yesterday, want to have fun and be a kid on my set and play with my images, with my actors, just to laugh.
I respect my characters a lot and I take them very seriously but at the same time being silly with your characters, to me, is taking them seriously.

AG: Do you think that the gay community is particularly susceptible to this kind of horror?
YG: Yes, because to me there is something about transgression in horror films and when you’re a kid, when you feel that you are gay, there’s a kind of transgression within you.
So when you see those kinds of films, which are very transgressive, which are breaking and fighting the norm, it’s a bit of a mirror image of your own struggle.
It’s empowerment at the same time. It’s like your inner self, your secret self, your secret homosexuality exploding with the blood and splatter.

AG: What is the relationship between M83 and the movie and particularly with you?
YG: Well he’s my brother.  It’s difficult to talk about my brother. When we work together he’s someone very demanding, very doubtful as I am but in a more secret way.
I think he was very scared of making this film because it was a lot of new things for him like making the soundtrack of a porn film for instance. He’s not sex-obsessed like I am so I think it was something may be difficult for him.
At one point he was not finding the right tone, the right colour of the soundtrack and we kind of fought because of this, but then when he found the first theme that was right, it was marvellous.


AG: Considering that my blog is addressed to the gay community, what message would you like to give to Portuguese readers?
YG: Be joyful. Embrace life. Embrace your partners. Embrace sex. Just be yourself and don’t be afraid of anything.


Caso queiram falar comigo, também estou sempre disponível.
E-mail - adolescentegay92@gmail.com

Trailer de "Knife+Heart" (título original: Un couteau dans le coeur), de Yann Gonzalez, 2018.




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Saldos Verão '18 Za 2/2

Olá Olá!

E hoje termino de contar-vos, as minhas comprinhas deste Verão, aquando dos Saldos. Na semana passada, contei-vos da compra que fiz na Cortefiel - um fato de 200€. Mas, agora, vem a questão: e que tal uma camisa e uma gravata, para acompanhar? E não é que pensamos na mesma coisa!? xD
Clica na imagem para ampliar!
Claro, para um fato daqueles, ia precisar de comprar uma bela camisa e uma gravata! De facto, a Zara tem tudo! Já lá fui comprar tanta coisa! Em 2015, fui à Black Friday (tal como em 2016, e 2017). Fiz lá compras nos Saldos de Inverno de 2016 e 2017, e de Verão, em 2016, também 2017 e agora, 2018!
Clica na imagem para ampliar!
É momento de avançarmos (sem descontos)! A gravata grená (tamanho único), no exterior é 100% seda (amoreira), e custou 19,95€. A camisa branca básica (tamanho M), super slim fit, com 78% em algodão, custou-me o mesmo. Assim, o gasto nestes saldos foi de 239,90€ (tendo poupado 38,99€).

Porque a Eurovisão também serve para reflectir. Itália, este ano, representou todos nós. Obrigado!




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

4º Semestre

Boa noite!

As aulas estão a começar! Sim!! Começo agora o meu último ano de faculdade! Por um lado, estou mega feliz - vou ser Licenciado e, assim, tenho mais hipóteses de ter uma vida melhor. Por outro, morro de medo - e se o futuro não será tão risonho quanto penso? Não importa nada disso agora.
Adoro esta imagem. Porque realmente penso que as coisas são assim: o medo vem durante a noite e, é a nossa infantilidade, que o afasta. Sinceramente, penso só temos a crescer, se mantivermos (conscientemente), a nossa meninice acordada, e de bem connosco próprios. É urgente mantermos sanidade nos nossos corações, apesar de tudo aquilo que possa acontecer - o medo não vencerá!

Vamos agora ao balanço, deste 2.º Ano de "Vida Universitária". Perante o que aconteceu no último Semestre, era normal arranjar um novo grupo de trabalho. Mantive a rapariga com quem trabalhei bem, e resolvemos juntar as melhores pessoas com quem já tínhamos trabalhado. Para que tudo corresse bem, eu e a minha colega seriamos os "chefes"/"responsáveis" pelos trabalhos, isto é, nós é que orientaríamos a divisão dos trabalhos, e estaríamos a controlar os prazos de entregas.

Todo correria bem, se passariam das palavras aos actos. Isto é, se cada pessoa cumprisse a sua parte. Sim, mais uma vez, as coisas correram mal. E, correu mal, por coisas estúpidas. Primeiro, não cumprem prazos. Mas porque raio não cumprem prazos, porra? Porque motivo? Depois, a parte dos meus colegas, era um trabalho muito amador... estávamos no 2.º Ano de faculdade e, já era suposto, fazermos coisas "boazinhas", e não uma investigação "pela rama" (claro que me passei...). E, agora, vem o que acho mais parvo. Ora, eu e a minha colega, éramos os responsáveis por juntar todas as partes de todos os trabalhos, etc e... imaginem, receber "Words" cheios, mas cheios, mas cheios, de erros ortográficos? SIM - erros ortográficos! Para além dos erros, havia tipo "5 linhas" sem uma única vírgula!! Eu passei-me. Passei-me mesmo! Como é possível, pessoas que fizeram o 12.º Ano, estão na Faculdade Pública, escreverem com tantos erros ortográficos? E a pontuação? Vergonhoso!

Com a minha colega, perdemos dezenas de horas, apenas a corrigir erros. Um desperdício de tempo da nossa parte, tudo isto porque as nossas colegas (eu era o único rapaz), recusaram-se corrigir, pois diziam que não havia qualquer erro, ou que era do "corrector automático que está avariado". Pior! Pior é ver uma delas, que dizia sempre que não podia reunir-se, publicar no Instagram a ver o Pôr-do-Sol. Caralho para elas todas! Vão morrer longe! Eu e a minha colega estávamos fodidos e decidimos, que no próximo Semestre, não trabalharíamos com elas. Iríamos, novamente, arranjar um grupo novo.

Pensamos muito e, ainda antes do Semestre acabar, falámos com um casalzinho, que participou nesta cadeira, e perguntámos se queriam fazer grupo connosco no próximo ano - ao que eles disseram que sim. Reforçámos que seríamos apenas os 4, e que, de forma alguma, entraria mais alguém (sim, porque a umas semanas de entregar um trabalho, houve uma tipa que entrou no grupo, porque as restantes elementos tinham muita pena dela....). É melhor sermos como as "Tartarugas Ninja", e menos como os "Vingadores" - sobra mais trabalho para cada um mas, ao menos, é malta séria.

Em relação às notas... passei a tudo! =D Tive, inclusive, o meu primeiro 18!! Sim, 18!! OMFG, sinto-me tão incrivelmente e, superiormente, inteligente! Ahahahah! Em relação às amizades com os meus coleguinhas: quanto menos contacto, melhor. Sorrio, finjo-me de distraído, e tudo corre pelo melhor.

Porque temos de ter um Reino Interior se não... estamos fodidos. Com calma, chegamos lá! =)




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

John McPhail

Olá!

Entrevistei, pessoalmente, o escocês John McPhail, realizador de "Anna and the Apocalypse" - uma longa-metragem de Terror com temática lésbica! A entrevista aconteceu aquando da 12.ª edição do MOTELX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que se realizou no Cinema São Jorge.

Visto que a língua de conversação foi o inglês, resolvi não traduzir o que foi dito (quem não está à vontade com o inglês, basta ir ao canto superior direito do blog, ao "Translate", e seleccionar a língua mais conveniente). A entrevista, foi gravada por meio digital, e foi totalmente transcrita assegurando assim, a naturalidade de uma conversa que durou mais de 60 minutos onde, claro está, foi uma enorme honra para mim puder fazer todas as perguntas que tinha planeado... e ter respostas incríveis!
O realizador e argumentista escocês John McPhail
Lisboa, 8 de Setembro de 2018, no Cinema São Jorge.

Adolescente Gay: For the people that don’t know you, how would you present yourself?
John McPhail: I’m usually very “a play it down”. I don’t like or want to be a  “Hey baby, I’m a director”.  I like to be funny. I like to get to know people. I’m not always working.
Usually, when I tell people that I’m a director, they say “Of what? “and I say “Traffic!“.

AG: How was your childhood?
JM: I had a great childhood. I have two loving parents who are both very close. They are very tight. There are four of us: my mother, my father, my brother and me. We are very close. My mother is a big film fan. She loves film. I don’t have anyone in the family who’s in the arts. My mother was a social worker and my father was a painter and a decorator.  My mother, for as long as I remember, has been giving me horror movies. When I was nine and was off school she taped two movies, on VHS, for me. She really wanted me to see the second movie. The movie was the Wicker Man. So, she came home from work and she said to me: How was the movie?... I replied “They’ve killed him, they’ve bumped him in the end. The bad guys won”.
My mother would put her head around the door and she would say The Uneven Dead is on channel four. It was a really good childhood.

AG: How did you feel watching horror films at nine years old?
JM: I loved them. I’ve always loved horror movies. They scared me and that’s the point of them and as I got older I laughed and laughed and laughed.

AG: So horror films are a thing in the family?
JM: My mother… My brother likes them and my father watches football.

AG: So it’s a thing a special relationship between you and your mother.
JM: She loves horror. She loves all genres but particularly horror. When I was first born, she would be tidying the house and she would put me in a chair and she would put on “An American Werewolf in London.” And I would sit.

AG: When you were a child did you know that you were going to be a film director or did you have other ideas?
JM: First when I was younger I wanted to be an actor and do Drama and Workshops. In my last years of school, I thought about what I wanted to do and I loved cameras, lighting and framing so I wanted to be a cameraman or a director of photography. I only started directing six years ago because I was working in the camera department. I was a camera assistant and that’s not very creative. I was feeling that I wanted to create so I made my first short film and it was very good. It seems to work and I just fell in love with making movies and working with actors and the different departments.  I sort of grew into it.

AG: Did you made movies already in your teen years?
JM: We didn’t have a lot of money so we didn’t have a camera.
My father had a VHS camera from the nineties and I used this to get into college. I made stop-motion animations with my action figures as my entry project.

AG: So you studied at the Royal Conservatory of Scotland. What was your major back in college?
JM: It was cinematography. I was working towards being a director of photography.

AG: You never wanted to do anything else?
JM: I just love film.

AG: What made you change your idea from wanting to be an actor to being behind the camera?
JM: I was just fascinated with the equipment, with lenses, with framing, with lights.  I was leaving school and I didn’t think that I was going to be an actor. I knew inside me that I wasn’t the best actor but I was a young boy and the only way to get into film, into anything was in Theatre ( loud plays ). It was never big. I never got big roles. It was always medium roles because I was funny. By going and doing loud plays it made me more confident. A confident person. I could talk to people. I was never shy and it helped me as a person, to be able just to talk and be me.

AG: How long was your degree?
JM: I had two years in college and then two years at University.

AG: What do you feel about the years spent in college?
JM: I look back and now I can say that I could have done better but at the time I was 17 to 21 and I was still growing up. I was a big child, I was immature. At the time I was having fun, growing up. It’s the point of college and university. It’s about finding you, finding your personality and meeting people. Going out and just growing up. You can always look back in insight and say “ Oh I could have done better”, but at the time I was doing my best.

AG: So your years spent there were pretty good?
JM: Yeah, very good.

AG: While you were in college and since college is costly…
JM: It’s free in Scotland. Education is free and so is health care.

AG: What is like to be living in Scotland?
JM: I grew up just outside of Glasgow. It’s rough growing up. I love Scotland. I love my home… I love my country… I love the people. We’re so friendly and very inviting.
A funny fact: one year we were voted as UK’s most dangerous setting and Europe’s most friendlier setting so, we will assault you but we’ll give you directions to the hospital afterwards.

AG: I can tell that you like Scotland a lot and I like a lot to eat? What would you recommend me to eat while visiting your country?
JM: Haggis, neeps and tatties.

AG: So now we come to the present day. Why “Anna and the Apocalypse”?
JM: I was given a script. Two producers saw my feature film in the Glasgow festival and they’ve been looking at horror directors and musical directors. They hadn’t found the right fit. They approached me with the script. I read the script and I just fell in love with the characters.  It was always about the characters and I love the story.  I love the humour. I remember telling it to my friends while I was reading it and saying  “ I feel like I could have written this. This is my humour. These are my kind of characters.”  This has got so much heart to it that I just fell in love with it.
Previously, it was always Comedy. I had never done Horror or Musicals. I’ve never done action sequences and this excited me.

AG: Since you already won a lot of prizes with your work did you feel more responsible or pressure in directing another writers’ script?
JM: Well first I was given a script. My co-writer Andy McDonald had taken over completely full time of the writing and I was just like a director for hire.
I get a script and I talk about what I see … see where it’s going to go and what I’d do and the producers liked that and wanted that.
Of course, there’s always pressure on anything but it’s never going to consume me.
I’m too excited.

AG: When you received the script was it already a Comedy/ Musical/ Horror film?
JM: Yes,  they were all there. There were six songs. I think three of them stayed the same, the rest all changed. That’s just the progression and, of course, when I come on board  I got what I’m looking for. But I’ve two amazing composers … the script was very funny. I sort of wanted to put my stamp all over that even though it’s not my script. I’m telling this story. So,  I’m working with my composers and the writer all the time to just get it where it is.

AG: What was the project, made before “Anna and the Apocalypse”, that was the most important to you… the one that you are most proud of?
JM: I’m proud of all of them because they’re a progression. It’s like going to work every day, you learn something new.
When you’re a young filmmaker you always have to be ready to learn.  So, with each different project, I learned something new. I learned more about me as a storyteller. Even now and in 10, 20, 30 years I will still be learning. I’ll still be discovering things. I would just become more confident and understand my weaknesses and strengths more and it’s just a case of making sure that I can balance them.

AG: What was the main difficulty in shooting “Anna and the Apocalypse”?
JM: We shot it in 28 days so, it was over five weeks. The things that are always up against you is time and money. When I was shooting, I average 3 to 4 hours sleep at night because I was up prepping and, again I’ve never done Musicals or Horror and I’ve never done Action, so I wanted to make sure that every day I was prepared and knew exactly what was going on in each day with each character, each scene, shots. I just wanted to make sure everything was prepared. Every day I had something difficult but, you know, this is my dream job so I’m not going to complain about it.

AG: What‘s the scene that you are most proud of?
JM: There are a few: the snow angel scene (between John and Anna); the play park because there they’re just being kids (there’s so much heart in it, so much fun) and some of the musical moments, the bowling action sequence , when the kids are fighting zombies and I’m also very proud of the shop and trolley scene between John and Ana.
I love the two of them in the same frame, the two of them together.

AG: What was the main challenge about preparing the technical aspects of shooting the movie? Was it something difficult for you?
JM: I love light. I love colour. My director of Photography is just wonderful.
She loves colour that’s why I chose her because she understands it. She likes big frames. I like big frames. She loves colour. I love colour so, it’s just like easy.  The camera team that I used to work for were my A Camera team so it was great to have my bosses working for me.
My gaffer (the head of the lighting department) … I used to bother him all the time as a camera trainee. I’d bring him coffee and when we were on location the sparks that the lighting department had generated. They were the only ones that have got mobile power and you always have to have battery charge, so I used to make coffee for them and go “ Hey boys, some coffee, some coffee. Can I charge these?” and they would say “F*** off ”.
So, it was a lot of fun cause I knew a lot of people on that set, particularly in the camera department, in the lighting department and they worked so hard for me.

AG: In what part of the year did you shoot the film?
JM: We shot it in February and it was finished in September.

AG: Since the film is a mixture of three genres, at some point, did you try to emphasize one genre over the other two?
JM: I brought a lot of the Horror. I believe that the horror comes from the fear for the kids. Our array isn’t the biggest of horror fans. Both the Musical and Comedy were understood but the Horror isn’t their big thing. So, the horror aspect is something that I can say has a lot to do with me. What I always wanted to do was to make sure that the kids’ characters and their story arcs all went straight through. They all had to have arcs. They all had to have their moments otherwise the payoff when you start to lose them, wouldn’t work. You wouldn’t care.

AG: I love the soundtrack. The lyrics are fantastic. My favourite was the one when the girl is on stage singing about Santa Claus. That was hilarious. How was it like to shoot those kinds of scenes and was this song existed from the beginning?
JM: That’s Roddy and Tommy, my composers.  The main thing for me was that I didn’t want to oversexualize a seventeen-year-old girl. In the original script, it said that she was doing moves that would make Miley Cyrus blush and I didn’t want that at all. It said that she was touching the boys and grinding up to them and I said “No“.
The moment I do that, I sexualize a seventeen-year-old girl and I’m not doing that. It has to be cheeky. So, they’re dancers. They dance behind her and support her but the lyrics to that song were all Roddy, Tommy and Alan.

AG: There are references in the movie to famous pop singers. Some of them are made fun at. Is that sort of a personal view on the matter?
JM: No, we just think that Just Bieber is a douche bag and … Who doesn’t love Beyoncé? There are so many things there that are just little touches of the script. Remember this: they are kids. Kids make fun. They make jokes and they talk about celebrities.
When the kids are talking about them that’s what kids do. We all talked about celebrities that we liked, that we disliked. You know. Who’s going to funny to be eaten by a Zombie? That’s what kids do. When you have these kids doing that it’s funny but it all just reminds you that they’re just kids at the end of the day.

AG: Yesterday, I saw the film and I felt like one of the messages was the empowerment to all the characters. Was that something that you wanted to portray?
JM: Yes, of course, the sense of empowerment. So, with Ana, she’s just a young girl who wants to go and see the world. A lot of people always have to have a girl that has to have a love interest. She has to fall in love with someone and run away with them.  We never wanted that. She’s supposed to be a 21 st century girl that has her own mind and wants to do her own things, wants to explore and see the world. They all have their own quirks.
Even the bully, we think he’s a douche bag that he’s not nice and then you realized that his dad was just horrible. He’s a product of his own environment.
It’s always about trying to make sure that we remember they’re kids. I always believe that if we have them that way, we feel for them. We understand what they want in life because we all wanted things when we were younger. We all wanted that dream job, that dream girl. By having dreams and ambitions it makes them real so that when we get to the third act and the characters are dying, there’s peril … real peril … because you know them, you like them. You know where they want to go… You know their dreams and ambitions and then all of a sudden they’re gone.
We have a gay character in the film, Steph. We don’t make any gay jokes. We don’t make any reference to that because that’s part of the world and its part of life. Something else we wanted to do was to make sure that we were being gentle on that. It’s just the world we live now so we never wanted to make anything of it. It’s just who she is. Nobody talks about her because it’s normal.

AG: Do you think that the empowerment aspect in the movie could also be addressed, trough this character, to the LGBT community or do you think that that’s a non-issue today?
JM: There are people out there that are homophobic or have problems and issues with this … We don’t. For me this is normal. I don’t mind who you love or who you want to be with. I don’t care what your sexuality wants to be. None of us does. None in my team do. We just believe that we have to accept people for what they are. We live in the 21 st century.
If you want to be a man, then go and be a man or if you want to be with a woman… it’s not up to me.
The character Steph is gay but why make a point of that?

AG: The choreographies are very well made. How was it like to film those scenes?
JM: They were fun. “Steph”, Sara Swire, is the actress and the choreographer.
She’s just wonderful.
We shot Hollywood ending on day 2, the scene in the canteen, and it was very fun to shoot. We shot it in two days but the sequence end we shot it in one day. All my backgrounds were all dancers. The kids in the Cafeteria were dancers and we had to pick things up and move things so, people could dance on tables. We incorporated that into the dance routine so, they took ownership of things and in consequence, it was very easy to reset. They knew that they would pick that up… that that’s theirs and they’d know where they’d put it.
My camera crew was very good. We knew what angles we wanted, what angles to take, what shoots we wanted to do and things like that. So, we were very well prepped.

AG: Do you still own Worrying Drake Productions?
JM: Yes. My company rents me out.

AG: Why did you create it?
JM: I needed a company when I was making my short films. I gave up the production company. I was making the films and I wanted people to understand that there is a brand.  Worrying Drake Productions is that brand that we wanted to make. It’s that Comedy with heart.

AG: Do you feel that yours is a successful company?
JM: Well this film is doing very well, particularly with the audiences.
We wake up every day and something crazy has happened:  Empire Magazine was nominating us for an award; being also selected to another festival.
It’s just crazy every day. For me that’s success.

AG: Do you feel happy about how things are going for you?
JM: Yes. 100 %.

AG: You’re a young director with several awards won. Do you feel more pressure because of that, since more potential criticism could come along?
JM: I make films for audiences. It’s not for me or my mother. Besides that, we’re a team. We take success and criticism together.

AG: Is it true that this particular movie is going to the USA commercial circuit? How do you feel about it?
JM: I feel amazing. It’s MGM, a lion logo in the front of my movie. I grew up watching Terminator; Robocop; Silence of the Lambs; Bill and Ted. That lion logo is part of my upbringing, my childhood. I’m excited for it to go out into the world. We made this film for audiences to enjoy. There’s nothing else. I never made it for me. It costs so much money to go to the cinema. Going out to the cinema is a big deal. When we grow up we didn’t have much money so going out to the cinema, back then, was a real treat, a special occasion.  So, when people go out to the cinema I want them to enjoy themselves. For an hour and a half in the world, you’re distracted.  You forget about your mortgage, you don’t have to worry about problems at work, problems at home. For an hour and a half in your life, please enjoy yourself.

AG: Do you feel that this could open a lot of doors for you?
JM: It already has. Now I have two agents (one in Europe and one in L.A.). I get scripts sent to me from Lionsgate, from MGM. This is the dream coming true. This film as open up so many doors, not just for me, but also for all my producers, for my writer, for my composers, my actors. This film has done so much for all of us. It was something that we cared about, that we loved. We put so much care and love into it. It feels like that karma is coming back to us.

AG: So, what’s next in life for you?
JM: I don’t know. I used to work for the football as a video technician and filming games and the manager of the team used to say to the boys: “You’re only as good as your last game.” I’m only as good as my last film.  My next film has to surpass “Ana and the Apocalypse”. It has to be bigger. It has to be better. So I will take my time and once I find the right script. I’ll make that.

AG: And will your next project be in line with Horror?
JM: Not especially. It could be a Romantic Comedy that comes along and that’s funny and has a heart and character to it or a Horror that has character and heart to it. I’m in for that.

AG: How does Scotland see Portugal?
JM: We see Benfica, Sporting, Lisbon, and the Portuguese chicken [o Galo de Barcelos].

AG: How do you view Brexit and the fact that Scotland would like to leave the UK?
JM: This is hard because it is politics. I voted to stay in Europe. I’m Scottish and I’m European. I don’t want to leave. It’s not my decision. I hope that people will change their mind or something.

AG: What’s your opinion about the refugee situation in Europe?
JM: I’m a believer in a free movement for all the people in the world. It doesn’t matter where you’re from. Do you genuinely think that people want to flee their homes? Do you think that people want to leave their work and the home where they grew up in, the house that they’ve built, and go somewhere else, a place they don’t know, with a different language and without amenities?  A place where they’re looked down upon( and the fear and the loss)? Nobody wants that. Any refugee crisis is not to be taken lightly. It’s a horrible thing.

AG: So basically you’re against walls...
JM: Yes, I’m against walls and borders.

AG: Would you consider making an LGBT+ film in the future?
JM: Of course. Has I said before, it all has to do with the characters.
The more common this becomes, the more this becomes part of life. Then we write about what we know. When these things become more common, they’ll be more written about. There’ll be more stories because that’s part of the world.
Like when you don’t understand it, you can’t write about it and the more educated we become, the more will these stories come out.

AG: Considering that my blog “Adolescente Gay” is addressed to the gay community, what message would you like to give to Portuguese readers?
JM: Be who you want to be. Do what you want to do. You get one chance in life. Love your life the best you can and dream big!


Caso queiram falar comigo, também estou sempre disponível.
E-mail - adolescentegay92@gmail.com

Trailer de "Anna and the Apocalypse", de John McPhail, 2017.




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Saldos Verão '18 Ctf 1/2

Olá.

Eu bem tento, juro que tento, mas não resisto... Gosto da Cortefiel, e também dos saldos! Lá está, quem não gosta de uma promoção ou desconto? Todos nós, matamo-nos por uma baixa de preços, ainda para mais, nas nossas marcas predilectas!!!! No meu caso, Cortefiel, é uma delas!! =)
Clica na imagem para ampliar
Admito-vos. Esperem lá, admito-vos MESMO: gosto de andar bem! Andar arranjando, bem vestido, tudo! Gosto de estar, permanentemente, nos trinques. Verdade seja dita, que mal tem isso? Pago os meus impostos, não ando a roubar, nem a dar o cu. E, se desse o cu, qual seria o vosso problema?!
Clica na imagem para ampliar
Não resisti a comprar este fato! Oh meu deus, como é lindo!! Não é?! Não comprei o colete (custava 69,99), mas tive que comprar o blazer e as calças (isto é, o fato!). Já sei, vão me dizer que comprei um fato ainda no ano passado, na Zara. Agora respondo-vos: e que mal isso tem? Eu gosto, eu compro!
Clica na imagem para ampliar
Ainda nos últimos saldos, comprei lá uma camisolinha e, antes, já tinha comprado umas T-shirts mas, ao preço que estava este fato slim, tinha mesmo que o ter! Por apenas 200€, comprei um blazer (48) que custava 169,00€ e, umas calças (42), que custavam 69,99€. Deste modo poupei, 38,99€. =P

Para acompanhar-nos, tinha que vir a Eurovisão! Abanem o vosso rabo, com este som da Suécia!




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

São José Correia

Olá!

Entrevistei, pessoalmente, a portuguesa São José Correia, realizadora de "Coração Revelador" - uma curta-metragem de Terror portuguesa! A entrevista aconteceu aquando da 12.ª edição do MOTELX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, que se realizou no Cinema São Jorge.

Visto que a língua de conversação foi o português, resolvi não traduzir o que foi dito (quem não está à vontade com a língua, basta ir ao canto superior direito do blog, ao "Translate", e seleccionar a língua mais conveniente). A entrevista, foi gravada por meio digital, e foi totalmente transcrita assegurando assim, a naturalidade de uma conversa que durou mais de 30 minutos onde, claro está, foi uma enorme honra para mim puder fazer todas as perguntas que tinha planeado, e ter respostas genuínas!
A actriz, realizadora e argumentista portuguesa, São José Correia
Lisboa, 9 de Setembro de 2018, no Cinema São Jorge.

Adolescente Gay: Para quem não te conhece, como te descreves?
São José Correia: Olá, eu sou a São, sou a São José - é o meu nome artístico -, eu sou atriz e... desde os últimos anos, tenho experimentado a área da realização (com a adaptação de alguns textos), e porque sou fascinada por alguns actores, gosto muito de dirigir actores, e por isso tenho estado a experimentar a realização. Também gosto muito do género de terror, sou espectadora assídua do Festival do MOTELX, já há algum tempo e... sempre quis ter uma curta-metragem - aliás, sempre quis ter uma longa, mas é muito mais difícil [risos] - no MOTELX e, este ano, consegui concretizar este projecto, que já tinha há algum tempo, que é o "Coração Revelador", um conto do Edgar Allan Poe, e este ano estou aqui em competição!

AG: Que é excelente a curta! É excelente!...
SJC: Obrigada! Obrigada!

AG: Mas como foi a tua infância? Passaste por Almada, penso eu...
SJC: Sim sim sim... Os meus pais são da ilha da Madeira; eu fui feita na ilha da Madeira, e vim nascer a Lisboa, à Maternidade Alfredo da Costa, como...

AG: ...como todos nós! [risos]
SJC: ... como todos nós! Exacto! [risos]. Desde há 40 anos, todos os bebés de Lisboa, nascem na Maternidade Alfredo da Costa, e vivi em Almada. Os meus pais viviam em Almada, vivi em Almada durante muito tempo, só saí de Almada por questões mais profissionais porque, como sabes, eu sou actriz, faço muitas novelas, e os estúdios são todos deste lado e, sabes, que atravessar a ponte diariamente é muito problemático; então, numa dada altura, decidi instalar-me em Lisboa, e vivo em Lisboa há mais de 10 anos!

AG: Nessa altura, na tua infância, já querias ser actriz?
SJC: Não não não... esse desejo, surgiu só na adolescência, aí por volta dos 16/17 anos...

AG: Então querias ser médica, advogada...?
SJC: Queria ser advogada!

AG: Advogada?
SJC: Queria, queria ser Advogada! Queria... claro, que depois raciocinei um pouco sobre isso, eu acho que queria ser advogada, um pouco influenciada, pelos filmes que nós víamos americanos! Porque os filmes americanos é que têm aquela coisa dos advogados falarem para a plateia, não é?! Do júri... e eu lembro-me de assistir a muitos filmes desses, não tenho assim nenhuma referência em particular para te dar,  mas eram aquelas séries de televisão, que havia muito na altura. E eu acho que foi um bocadinho essa influência... por isso é que eu achava que queria ser advogada - porque adorava aquelas pessoas, com aquele discurso para a plateia, etc! E depois, um bocadinho mais tarde, assisti a uma novela que também influenciou-me bastante, que era - não sei se te lembras, és capaz de ser muito novo para te lembrares dessa novela -, a "Selva de Pedra", que era com a Christiane Torloni e com a Marília Pêra, que foram duas actriz que me marcaram muito. E eu lembro-me de ir para escola, e estar completamente obcecada...

AG: Então foi aí que começou o "bichinho"?...
SJC: Sim! A um nível inconsciente! Depois, já com alguma consciência, foi quando fui ter aulas de Teatro, como opção na escola. Porque eu assisti às aulas da minha irmã, que também tinha Teatro como opção, e houve um dia que eu assisti às aulas dela e, foi uma aula, em que eles fizeram um exercício de concentração, e eu também fui convidada a fazer/participar no exercício, e fiquei completamente fascinada. Pronto, e a partir daí, foi o Inferno... [risos]!

AG: Só para encerrar a parte da "advogada": depois não quiseste investigar mais sobre a área, comprar uns livros...?
SJC: Não! Seria incapaz digo-te, hoje em dia, ser advogada, ou juíza, ou qualquer profissão sobre a qual a vida das pessoas dependa, ou que tenha uma grande decisão sobre a vida das outras pessoas. Seria incapaz!

AG: Achas que também, ser actriz, não é igual? Não influencia a vida das pessoas?
SJC: Não! Influencia, mas é sempre pelo bem! E, quando influencia, é pelo bem. Eu sei, por exemplo, há uns anos atrás, no espectáculo que fiz com a "Escola de Mulheres", conheci no final do espectáculo, uma menina que estava a ver o espectáculo com a mãe, e no fim esperou para falar comigo, muito emocionada, e que dizia que queria ser actriz, que me adorava e tal... Ela, hoje em dia, é actriz! Ou seja, eu influenciei-a... para o bem, sempre para o bem. Um actor... acho... que a influência que tem sobre os outros, é para o bem e não para o mal.

AG: Como te sentes com o facto de saberes que ela hoje em dia é actriz?
SJC: Ohh muito bem! Com muito orgulho! Dá um certo orgulho, em saber que de alguma forma influenciei alguém, a encontrar-se, não é?! Porque ela encontrou-se, ela é actriz...! Não é actriz por minha causa, como é evidente, ela é actriz porque nasceu com esse "bichinho" e, depois, foi seguindo as pessoas que ela gostava e que a influenciaram de alguma maneira, e eu sou uma delas...

AG: Como te sentes ser ídolo? Dessa rapariga, e de outras mais... e minha!! Também gosto muito de ti!
SJC: Obrigada, obrigada! Sinto-me muito bem, sinto-me muito bem... dá-me muito orgulho, sinto-me muito bem... [sorri]

AG: Não te trás uma responsabilidade...?!
SJC: Não não não, nesse sentido não. Trazer felicidade às pessoas, e prazer às pessoas, é bom, não é uma responsabilidade, não é um peso aos meus ombros... não, não é, pelo contrário!

AG: És feliz naquilo que fazes?
SJC: Muito feliz naquilo que faço!

AG: Então voltando ao secundário: quiseste ser actriz. Estudaste? 
SJC: Sim, teatro!

AG: Onde?
SJC: Na Companhia de Teatro de Almada. Fiz o curso profissional da Companhia de Teatro de Almada, porque não tive possibilidades de ir para o Conservatório. Mas, a Companhia de Teatro de Almada, na altura, abriu um curso de formação de actores. Eu fiz o curso, contrataram-me, e fiquei a trabalhar na Companhia 10 anos! [risos]

AG: Em Almada!
SJC: Em Almada! Na Companhia de Teatro de Almada, dirigida pelo Joaquim Benite, que hoje em dia, já não se encontra connosco, e fiquei 10 anos a trabalhar na Companhia. Depois convidaram-me para fazer televisão, e aí tive que deixar a Companhia, porque a televisão não me permitia... e também precisava de outra experiência, que me fez muito bem, fez-me crescer imenso enquanto actriz!

AG: Durante esses 10 anos, o que mais te marcou?
SJC: Tanta coisa! Tanta coisa! Tanta coisa me marcou!... Sobre tudo ver os outros! Sabes, hoje em dia já não é tanto assim mas, os ensaios com o Joaquim Benite, por exemplo, toda a gente assistia aos ensaios, do princípio ao fim! Ou seja, hoje há muito aquela coisa que é "Ok, há dois actores, que entram numa cena, os outros todos estão dispensados, e vamos só trabalhar com estes dois actores". Na Companhia, não era assim. Apesar de se passar uma tarde inteira a trabalhar só uma cena, todos os outros actores do elenco assistiam aos ensaios. Eu, aprendi muito, a assistir aos ensaios, a ver os outros trabalhar!
Os actores que mais me marcaram na vida, como é óbvio, foi a Teresa Gafeira, que foi a minha primeira encenadora a nível profissional, que a vi a fazer trabalhos extraordinários! Um dos trabalhos dela que me marcou, foi precisamente os "Dias Felizes", de Beckett, que foi um dos primeiros textos que eu li em teatro, nesse curso, com José Vieira de Lima na aula da Dramaturgia! Nós estudamos os "Dias Felizes", de Beckett, e eu lembro-me que na altura, nem conseguia ler aquilo, porque era de tal maneira difícil, pelas didascálias, com imensas didascálias, com o texto... e para mim aquilo era um quebra-cabeças tremendo! Eu não sabia como era possível interpretar aquela mulher, a Winnie, e de repente, vi a Teresa Gafeira, fazer os "Dias Felizes"... e esse foi um momento que me marcou bastante na minha carreira! Tenho uma admiração enorme pela Teresa Gafeira, é a minha grande referência, de sempre!
Outro dos grandes momentos que me marcou, muito difícil para mim, foi ter feito a Yvette Pottier, da "Mãe Coragem", de Bertolt Brecht! Foi um trabalho muito difícil, e foi último trabalho que fiz com o Joaquim Benite, foi a última encenação em que estive dirigida por Joaquim Benite... portanto também foi outro grande momento na minha carreira! Tive vários momentos... como deves calcular, 10 anos assisti a muita coisa...

AG: Tens saudades desse tempo?
SJC: Tenho! Tenho... às vezes dá-me saudades daquele tempo, sim! Dá-me saudades de ter uma família, de ter uma Companhia de Teatro, de pertencer a um grupo de Teatro...

AG: Achas que hoje em dia, faz falta às pessoas, assistirem ao ensaio também dos colegas...?
SJC: Sim! Acho que é muito importante! E hoje em dia já não se faz isso, e é pena. Acho muito importante! As pessoas já não têm paciência de assistir ao trabalho dos outros, e eu acho que assistir ao trabalho dos outros, é aprender muito! Mas hoje em dia... não. E tenho pena sim, tenho pena!

AG: E como surgiu o convite para a televisão?
SJC: Foi porque houve uma realizadora, a Marie Brand, que ia fazer um tele-filme, daquela série de tele-filmes que a SIC começou por fazer, e ela ia fazer um tele-filme, e precisava de uma protagonista, conheceu...

AG: Isso foi em que ano?
SJC: Ahh.... Eu fiz o filme em 2001! E a Marie Brand estava a trabalhar com o Zé, que era um rapaz que fazia castings com Patrícia Vasconcelos, e o Zé, era muito amigo de uma jornalista que ia muitas vezes assistir às peças da Companhia e, era também convidada, a assistir a alguns ensaios. E, eles, quando foram assistir a um ensaio da "Mãe Coragem", precisamente, eles gostaram muito da minha cena, e pediram-me para filmar e, o Zé filmou a minha cena. Mostraram à Marie Brand. E a Marie Brand, chamou-me para casting. Eu não pude ir para casting, porque estava a trabalhar, mas ainda assim, ela gostou tanto de ver a cena, e da peça, do ensaio, que me contratou! E pronto, eu fiz o tele-filme, outras pessoas viram o tele-filme, e convidaram-me para fazer uma novela, na TVI. A minha primeira novela, foi o "Último Beijo", com Pedro Lima, o Filipe Ferrer ainda - era o meu pai-, a Manuela Couto, etc, um elenco também extraordinário! E foi assim que comecei, que passei do teatro para a televisão.

AG: Gostas de fazer novelas?
SJC: Gosto! Sim, gosto! É muito cansativo, é muito torturante, mas... também faz falta, porque dá-te outras coisas que o teatro não tem. No teatro tens o tempo. Com o tempo podes estudar muito lentamente os papéis, ensaiamos muitas vezes... e a televisão não. A televisão traz-te uma rapidez, tens que ser rápido, tens de ter um trabalho de casa muito bom porque depois, no plateau, é tudo muito rápido, ou seja, não há muito lugar para dúvidas. Portanto, isso exige de ti, um trabalho de casa muito maior, para estares preparado no dia seguinte.

AG: Não é... ingrato?
SJC: É, é ingrato é. É muito ingrato. Mas quase tudo na vida é ingrato... [risos]

AG: Como por exemplo...?
SJC: Olha, como por exemplo: fazeres um espectáculo, ensaiares durante um mês e meio, e depois só fazeres quatro espectáculos - hoje em dia, às vezes, as carreiras de espectáculos, são muito curtas. Dantes, quando estava na Companhia, estreávamos um espectáculo, e ficávamos um mês e meio/dois meses em cena. Hoje em dia não. Hoje em dia, fazes dois fins-de-semana, e acabou-se o espectáculo.

AG: Porque é que isso acontece, na tua opinião?
SJC: Não sei. Não sei exactamente explicar porque isso acontece...

AG: É porque o público não vai?
SJC: Não...! Acho que também tem a ver com os subsídios, com as salas... Não sei bem, isso é um problema maior do que eu. Isso já mete um pouco política e eu, sou um pouco, apolítica. Não gosto muito de discutir essas questões porque... porque há muita coisa em jogo, e nunca é só uma questão, não é?!

AG: Achas que não é pelo público? Isto é, achas que o público iria?
SJC: Eu acho que sim! Eu acho que há público para teatro, ao contrário do que se costuma dizer, eu acho que há muito público para teatro.

AG: Fizeste novelas, e muitas séries. Estiveste na TVI muito tempo, na RTP, estiveste inicialmente na SIC... 
SJC: Sim sim, inicialmente estive na SIC, com um tele-filme, exactamente!

AG: Como é, para ti, trabalhar nas várias estações, a nível de aprendizagem? Penso que tenham diferentes formas de trabalhar...
SJC: Hmmm... é difícil explicar isso em poucas palavras! Mas, acho, que isso traduz-se naquilo que sou hoje! Por exemplo, acho que esta vertente minha, na realização, tem um pouco a ver também com a minha insatisfação, no nosso panorama actual, não é?! Como tu disseste e bem há pouco, a televisão é um pouco ingrata. Por um lado, tem aquela coisa boa, que te obriga a estar muito atenta, e a trabalhar muito em casa, mas depois, não te deixa aperfeiçoar ... porque é muito rápido! Tu gravas uma cena... gravas uma vez, no máximo gravas duas, não tens "ah não, 'pera aí, que aqui podia melhorar", não, não podes melhorar, porque temos de gravar mais vinte cenas nesse dia, e não tens como melhorar. Portanto, nesse sentido, podes desenvolver muito as coisas, mas deixa-te sempre um bocadinho com... sede, de outras coisas! E, talvez, esse processo ao longo deste tempo todo, tenha-me levado a fazer outras coisas, dentro da minha área!...

AG: Então, realizar, é um "Grito do Ipiranga"?
SJC: [risos]

AG: É um grito de revolta? Um chamar de atenção?
SJC: [risos] Não não, não é um chamar de atenção, é...

AG: Não, para ti própria!
SJC: Ahh sim, para mim própria!...

AG: Uma forma de te expressares!
SJC: É mais uma forma de me expressar, de me concretizar enquanto pessoa, e enquanto "ser criador", não é?! Porque a novela mata um bocadinho, a televisão mata um bocadinho - esse nosso lado de ser criativo! Parece que somos uns papagaios, que levamos um texto para casa, decoramos um texto, chegamos ali, despejamos o texto, voltamos para casa, decoramos mais texto, chegamos ao dia seguinte... e há esse mecanismo, que é um bocado "triturante"! E eu pronto, tenho necessidade de mais! E realizar, dirigir outros actores, escolher os meus textos, fazer as coisas à minha maneira, com o meu grau de exigência, sim... é um "Grito do Ipiranga" talvez, sim, talvez possa dizer isso, sim! É uma forma de me concretizar! De acreditar em mim, enquanto "ser criador" que sou - eu não sou apenas uma intérprete, não sou apenas um papagaio que diz umas palavras que outros escrevem - sou um "ser criador", crio universos.

AG: Sentes-te pouco valorizada no meio?
SJC: Acho que nos sentimos todos, de alguma maneira, pouco valorizados! Eu acho que é um mal geral... [risos] De qualquer maneira, também por outro lado, sinto-me muito grata por conseguir concretizar os meus projectos!

AG: Esta é a tua segunda curta, primeira de terror, e voltando ao "Grito do Ipiranga"... estás num meio de terror?! Tem aí alguma mensagem subliminar?!...
SJC: [risos] Não não não, de todo!

AG: Então porquê o autor? Porquê este conto, especificamente? Porquê estes actores?
SJC: Primeiro, porque eu costumo ler! [risos] E o Edgar Allan Poe, é um autor que está na minha cabeça, desde a adolescência - porque o meu irmão, tinha um livrinho de contos lá em casa, e portanto...

AG: "Os Contos Fantásticos"!
SJC: "Os Contos Fantásticos" alguns: "O Gato Preto", "O Escaravelho Dourado", etc. E portanto, o Edgar Allan Poe, é uma figura do meu imaginário, desde sempre. E voltando há  dois ou três anos, saiu uma compilação de todos os contos de Edgar Allan Poe, que eu comprei. E, e de vez em quanto em casa, vou lá, leio um - não leio todos de seguida, como é óbvio, ainda por cima são imensos -, de vez em quando vou lá, leio dois ou três, e ponto. Há dois anos trás, houve um dia que fui ler, e li este "Coração Revelador"... épá, e tive uma visão! Deu-me vontade, e achei que era possível filmar este texto, e convenci-me disso (e trabalhei para isso)!
O actor. Há dois anos trás, não pensei no Rui Neto, pensei noutro actor, mas que não foi possível com esse actor; depois, ainda ensaiei com outro actor... depois, mandei abaixo o projecto, não filmei, porque era para ter filmado há dois anos, mas depois não filmei, porque fiz muitas asneiras, e tive que mandar o projecto abaixo...

AG: Asneiras...?
SJC: Asneiras, erros meus. Cometi muitos erros. Como por exemplo, achava que fazendo o texto todo, dava 15 minutos e.. não! Porque eu lia o texto sempre muito sôfrega, e achava que aquilo era num instantinho, o texto para mim passava num instante, e quando me apercebi, o texto não passava nada num instante! Se eu fizesse o texto todo, seria bem mais de meia hora, percebes?! E depois deparei-me com esse problema. E depois também a nível de material: de imagem, e de iluminação (tive vários problemas). E pronto, mandei o projecto abaixo. Porque para fazer mal, prefiro não fazer.

AG: Ok...
SJC: E este ano, conheci dois produtores, que viram a minha outra curta, e quiseram saber de mais projectos meus. Eu disse-lhes que tinha este projecto, eles interessaram-se, e ajudaram-me a produzir. E, entretanto, convidei o Rui, o Rui Neto, para fazer o filme, ele aceitou e... aqui estamos!

AG: Porquê o Rui Neto?
SJC: Porquê o Rui Neto? Porque o Rui Neto, tem um grau de qualidade, um grau de exigência, no trabalho dele, muito muito grande! Eu costumo trabalhar com o Rui em teatro, normalmente é ele que me dirige em teatro, e eu quando pensei: "Bom, com quem eu posso falar, com quem é que eu me entendo sobre o que é representar, o exercício do actor...?". E surgiu o Rui, e de facto o Rui, tem esse nível de exigência que eu tenho, E fiz bem, foi uma grande aposta, foi uma aposta ganha, porque ele é brilhante! Foi de uma dedicação extraordinária, apaixonou-se imediatamente pelo texto, e trabalhamos afincadamente duas semanas, todos os dias (na primeira semana em minha casa, a segunda semana já em minha casa e no décor)... e saiu este trabalho maravilhoso!

AG: Quando tempo demorou a gravação?
SJC: Filmámos em dois dias.

AG: Referes que gostaste muito de trabalhar com o Rui, o que faz gostares tanto de trabalhar com ele?
SJC: A sua inteligência. A sua bondade. E o seu talento.

AG: Nota-se isso! Eu vi a curta e, de facto, é fantástica! Como já disse, eu vi a curta, já te dei os parabéns pela mesma, reforço, é a minha preferida, e é, para mim, a vencedora! Espero que hoje à noite, seja a grande vencedora, vamos torcer para que seja... Em relação à luz, guarda-roupa: porquê não fazer este conto, mas em versão moderna? Porquê fazer em versão antiga? Porquê tudo isto?
SJC: Porque eu gosto muito desse universo, e achei que devia ser fiel ao autor. Em termos de texto, não achei que devia modernizar, porque o Poe, tem um lugar muito especial na escrita, e pela forma como escrevia. Ele era muito erudito. Aliás, ele era crítico literário. E a escrita dele, está impregnada do prazer da palavra. A forma como ele escolhe as palavras, a forma como ele constrói as frases, tem muito a ver não só com semântica, como é óbvio, mas também com a fonética. Se leres um texto do Poe, em voz alta, vais perceber que é cheia de vida, cheia de cor, as palavras que ele escolhe são determinantes para a beleza do texto!
Se eu modernizasse o texto, se eu dissesse "fechadura da porta", em vez de "aldraba", se eu mudasse o...

AG: O guarda-roupa!
SJC: O guarda-roupa, se eu mudasse tudo... eu acho que ia perder, esse lugar do Poe. O que ele escreveu, e o universo do Poe! E portanto, decidi não perder, e não mudei rigorosamente nada.

AG: Qual foi a maior dificuldade que tiveste, na concretização deste projecto?
SJC: Dinheiro! [risos]

AG: E o que mais te deu prazer? Pode ser uma coisa simples... um momento...
SJC: Oh meu querido, não vás mais longe: é o resultado! E ter a equipa comigo... Por exemplo, um momento: quando nós fizemos o primeiro take, eu decidi que o primeiro take era o plano mais aberto, e eu tinha pedido do Rui, que no primeiro plano faria do mais largo, e depois ia apertando (como viste, o filme começa com um plano muito apertado), portanto, eu comecei ao contrário, comecei pelo mais largo, médio, médio ainda mais pequeno, e muito apertado; e eu tinha pedido ao Rui, que no primeiro take - no mais largo -, eu queria que ele fizesse o texto todo, seguido, sem paragens (e ele disse que sim, claro, aliás, trabalhámos para isso, para ele fazer o texto todo, como fosse uma peça de teatro). E pronto, preparámos tudo, dei o acção, eu estava no quartinho ao lado, com o monitor, com a minha anotadora, com a Ana Silva, e com o electricista, estávamos os três e os outros, estavam na sala, onde se estava a passar a cena; eu dei acção, o Rui faz o texto todo - ninguém sabia o que ia ver, como é óbvio -, eu dou corta, e veio a equipa toda para a minha sala, o director de fotografia, vieram todos para a minha sala, todos com a mão na cabeça, "Uhau!!!!",  "Mas o que é isto?!", "Mas é impressionante!", "Mas quem é este actor?", "Mas o que é isto?!", "Bem, estou arrepiado!"... e aí, ou seja, foi aí que eu percebi que "Ok, conquistei a equipa, conquistámos a equipa", a equipa estava completamente rendida à nossa história, e ao que nós queríamos filmar... Foi um momento marcante, foi mesmo um momento marcante, em que eu percebi que "Ok, tenho a minha equipa na mão!", porque é muito importante, porque às vezes nós estamos numa equipa, estamos a ver os colegas a trabalhar, e pá sabemos que aquilo não está bem, que falta qualquer coisa, está mais ou menos, sabes?! Ter a tua equipa, em peso, ao pé de ti, a dizer "Fogo!", "Impressionante!"... sabes que ganhaste a equipa!

AG: E também ganhaste, quem assistiu no dia 5...
SJC: Exactamente, espero que sim, espero que sim!

AG: És altamente reconhecida, como te sentes em relação ao meio dos prémios? É muito difícil... Hoje espero, sinceramente, de coração, que ganhes mas... é muito difícil em Portugal! Não estou a dizer que o jogo está viciado, mas... há tantos actores!...
SJC: Sim... Eu não ligo muito aos prémios, porque os prémios, quanto mais importantes são, mais políticos são. Mas, eu na verdade, eu não me posso queixar: há uns anos, com o filme "O Inimigo sem rosto", de José Farinha, ganhei, pela GDA (que é o prémio de actores, são actores que dão aos outros actores), ganhei o Prémio de Melhor Actriz Secundária com esse filme, que foi um grande reconhecimento para mim, dos meus pares! Imagina, o prémio foi-me entregue pela Isabel Ruth, imagina o prazer que foi para mim, receber o prémio das mãos da Isabel Ruth. E, o ano passado, recebi o Prémio de Melhor Actriz em Televisão, com a "Santa Bárbara", com a "Antónia", portanto...

AG:"Santa Bárbara" foi... a "Antónia" era... era incrível, era incrível!!
SJC: [risos] E ganhei o Prémio do Público de Televisão!

AG: Eu sou fã! Eu tinha inveja, não é?! [risos]
SJC: [risos] A inveja boa, não é?!

AG: A inveja boa, enfim, do teu empregado, do... 
SJC: Ahh, do "Macário"?! [risos]

AG: Sim! Tua nesse sentido, do "Macário"! [risos]
SJC: O "Macário", o fantástico "Macário", o meu querido Luís Gaspar! É fantástico ele, sim, é fantástico! Que também devia ter recebido um Prémio...

AG: Mas foi óptimo ele!
SJC: É. Claro que os prémios são reconhecimento, como é óbvio...

AG: É um marco!
SJC: É, sim, claro. Mas também fazem parte. Por exemplo, esta história, como outro dia me perguntaram, "Quais são as tuas expectativas no Festival?", eu não vou mentir, não tenho falsas modéstias ouve lá, eu estou em competição, eu adorava ganhar! Eu não estou como alguns colegas meus, que disseram, "Ahh, eu sei que não vou ganhar, não é para ganhar.". Não, eu estou nisto para ganhar! [risos]

AG: Claro, é para ganhar!
SJC: Mas se não ganhar, também está tudo bem! Amigos na mesma, não tem mal, percebes?!

AG: Mas estás cá para ganhar!...
SJC: Óbvio...

AG: Próxima questão. Esta pergunta... tenho que te fazer...
SJC: Sim, faz.

AG: Tem havido, nos últimos tempos...
SJC: Sim...

AG: Ahh... diversas informações... 
SJC: Sim...

AG: A teu respeito... ahhhh... menos...
SJC: Sim...

AG: Simpáticas para contigo...
SJC: Não tenhas tantos pruridos! Fala à vontade!

AG: Não, mas eu tenho, porque...
SJC: Por respeito, claro, sim...

AG: Ahh... o que queres... comentar...?
SJC: Nada querido, nada. Não quero comentar nada. Não sei se queres falar de alguma coisa especificamente...

AG: Não...
SJC: Surgiram várias notícias ..

AG: É muita coisa...
SJC: Sim, mas não faço nenhum tipo de comentário. Eu só falo com pessoas boas, não falo com pessoas más. [sorri]

AG: Mas... magoa-te?
SJC: Sim, claro. Magoa-me porque são mentiras, tu nem sequer percebes de onde vêm, e que têm uma grande maldade. Porque estas coisas, não saem só porque sim, não é?! Portanto, há aí alguém, que me quer fazer mal mas... eu tenho mais pessoas que me querem fazer bem, portanto...

AG: Futuro! Vamos falar sobre o futuro!
SJC: Sim!

AG: Depois desta curta, que vai ganhar!... Esperamos nós, que vai ganhar!
SJC: [risos]

AG: Futuro?
SJC: O futuro? Estou na nova novela da TVI, que é "A Teia", eles já começaram a gravar, eu começo a gravar para a semana, e estou com um espectáculo. Convidaram-me, o Teatro de Praga (uma Companhia de Lisboa), convidou-me para um espectáculo, e vamos estrear dia 1 de Novembro, no Nacional, no Teatro Nacional.

AG: Então, duas questões. A novela da TVI, que vai começar, o que podes dizer sobre...
SJC: Ainda nada querido, ainda nada. Ainda não podemos, ainda não podemos divulgar nada.

AG: Muito bem. 
SJC: É muito cedo, é muito cedo ainda.

AG: Mas estás feliz?
SJC: Estou, muito!! Muito feliz, claro!

AG: E também com o espectáculo que vai estrear em Novembro, o que podes contar?
SJC: Posso contar-te que é uma comédia, chama-se "Worst Of", e tem a ver com a dramaturgia portuguesa, e é uma comédia comigo, com elementos do Teatro de Praga, o André Teodósio, o Pedro Penim, a Cláudia Jardim, Rogério Samora, Márcia Breia, Vítor Silva...

AG: Grandes nomes! Vai ser incrível!
SJC: Sim sim sim, espero que sim, pelo menos vai ser divertido!! [risos]

AG: Como é que tu vês, actualmente, a situação de Portugal, a nível de tudo: a nível da cultura, a nível político, os turistas (há muitos turistas!), o que te apraz dizer a respeito, do teu Portugal?
SJC: Eu gosto muito do meu Portugal. Acho o meu Portugal muito bonito, eu gosto muito de viajar, este ano também consegui fazer duas viagens: estive na magnífica Grécia, e estive em Liverpool, e... quanto mais viajo, mais gosto do meu país. A sério. Claro que, em termos de cultura, somos uns desgraçados, temos um Governo que gasta menos de 1% na Cultura, e que acha que nos faz um favor. Acham que dar um subsídio, acham que é um favor que nos estão a fazer. E não é. Ou, pelo menos, não deveria ser. Há um desafio, que eu lanço às vezes, já em várias entrevistas lancei, que é: Eu gostava, que todos os teatros fechassem durante um mês, todos os teatros de Lisboa fechassem durante um mês, para percebermos, de facto, que falta fazem à população ou não. Acho que a população se iria revoltar, de uma vez por todas, porque há a tendência "ahh, não há público para Teatro", é mentira! Há público para teatro! Se fores ao Nacional, está cheio. Estreia um espectáculo no Nacional, se tu demorares a comprar bilhetes, tu não tens bilhetes! Se fores ao São Luiz, a mesma coisa. Se fores ao Meridional, que é Lisboa Oriente, tens os espectáculos esgotados! Sabes... há público para Teatro! E é um bocado triste, que tenhamos um Governo... aliás, o anterior, até tirou o Ministério, tínhamos apenas um Secretário de Estado da Cultura... pronto, agora voltamos a ter Ministério da Cultura. Ainda assim, é mínimo! É mínimo o dinheiro que se gasta em Cultura! E devíamos ter mais dinheiro, para termos mais condições! porque, o nosso problema não é falta de criatividade - como tu podes ver, nós criatividade temos! - , falta-nos, muitas vezes, é o meio e, esse meio, é dinheiro! É pura e simplesmente dinheiro...

AG: Achas que vamos lá chegar?
SJC: Eu acredito que sim! Quero acreditar que sim! Se não, damos já um tiro na cabeça os dois, e pronto, não vale a pena, não é?! Se achamos que nada vai mudar...

AG: Esse é o nosso sonho, que tudo melhore! Qual é a tua opinião, do estado actual, do movimento "Me Too", que existe nos Estados Unidos, em Portugal...
SJC: Acho tudo isso um folclore. Acho isso tudo um folclore. Acho que as coisas não se tratam assim... E há muitos homens a assediar mulheres, muitas mulheres a assediar homens. Aliás, o caso da Argento, que agora foi acusada de assediar um miúdo que contracenou com ela, de quem ela fez de mãe, que deu-lhe 300 mil dólares, para ele se calar. Isso é tudo tão ridículo! Acho que isso é tudo folclore. Isso é tudo um folclore!

AG: A respeito do mundo LGBT, até porque conheces muita gente (também LGBT), o que dizes a respeito deste universo, destas pessoas... Passámos a ter mais Direitos, desde o Governo de Sócrates... O que queres dizer sobre isto?
SJC: Épá, eu quero dizer que isto é tudo inevitável! Porque, para mim, há uma série de questões que as pessoas ainda discutem e, para mim, já não são discutíveis. O que se gosta, o que tu gostas, o que eu gosto, o que é que eu sou, o que é que não sou, sabes?! Isso para mim não é discutível... Acho que as pessoas têm de ter os mesmos direitos, e o Amor é o Amor, independentemente de ser de uma mulher, ser de um homem, se é de um preto, se é de um branco, se é de um chinês, se é... sabes?! Se é de um rico, se é de um pobre... é-me indiferente! Há uma série de questões, que para mim, são dados adquiridos! Eu tenho um grande amigo, que conheci há pouco tempo, é um menino, que está na transição, nasceu uma menina, não é uma menina, está numa transição... felizmente ele tem uns pais fantásticos, tem uma família que o apoia, eu conheci-o há pouco tempo... e pá, eu adoro-o, é um rapaz incrível.. sabes, eu não tenho nada a dizer...

AG: Mas por exemplo, imagina, aquele rapaz, que está numa aldeia, num meio... e está a ler esta entrevista. O que é que tu lhe podes dizer? Ele está numa aldeia onde não há nada!...
SJC: Olha, quero dizer-lhe, para ele acreditar em si próprio, e ter muita força, porque todos nós temos de ter muita força, que a nossa vida é muito difícil! A cada um, o seu problema. Não estou a dizer que os problemas são todos os mesmos - que não são -, há problemas com níveis diferentes, sim, é verdade, mas... nós somos aquilo que queremos! Temos de acreditar nisso! Temos de acreditar noutra coisa também: as pessoas fazem de nós, aquilo que nós deixamos que elas façam! E esta frase é muito importante! As pessoas fazem de nós, aquilo que nós deixamos que elas façam, e não mais do que isso. Leiam esta frase, e pensem nesta frase, porque esta frase é muito importante - tem sido um lema na minha vida! E acredita, que a minha vida tem sido muito difícil - não te vou contar agora a minha vida [risos] -, mas a minha vida tem sido muito difícil... e isto é a pura da verdade! As pessoas fazem de nós, o que nós permitimos que elas façam. E somos todos especiais, à nossa maneira. Todos! Não há duas pessoas iguais! Somos únicos! Cada um, é único! E temos de acreditar nisso! É que temos mesmo!!

AG: Acho que já respondeste à minha última pergunta, que era: Que mensagem gostarias de deixar aos leitores, quer portugueses, quer estrangeiros, que estão a ler esta entrevista, que estão a ler este blogue... Que são gays, e que são heteros, e que são homens, e que são mulheres...!!
SJC: Olha, que amem! Amem o próximo! Amem o próximo e a si mesmos, a si próprios, a sério! O Amor, é a única salvação! O Amor, é a única salvação! Não há outra salvação, é o Amor!


Caso queiram falar comigo, também estou sempre disponível.
E-mail - adolescentegay92@gmail.com

Trailer de "Coração Revelador", de São José Correia, 2018.




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

The Nun - A Freira Maldita

NÃO PAREM DE REZAR!
Vejam o que virem, oiçam o que ouvirem e, leiam o que lerem... NUNCA PAREM DE REZAR!!!
Olá meus queridos!

Têm conseguido dormir? Eu não! Na última terça-feira, vi o filme "The Nun", na sala Manoel de Oliveira, no decorrer do MOTELX - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa! =D

Às 21h30, na sala Manoel de Oliveira, vi o filme The Nun (EUA, 2018).

A mesma freira demoníaca que aterrorizou os espectadores em “The Conjuring 2”, e depois de “Annabelle”, trata-se do segundo spin off da saga realizada por James Wan, que aqui surge como produtor. Nos créditos encontramos também Gary Dauberman, argumentista de “It”, e na realização Corin Hardy, conhecido do público do MOTELX quando veio apresentar “The Hallow” em 2016.

Sinopse: Quando uma jovem freira, numa abadia isolada na Roménia, tira a sua própria vida, um padre com um passado assombrado, e uma noviça no limiar dos seus votos finais, são enviados pelo Vaticano para investigarem este caso. Juntos descobrem o segredo profano da ordem, pondo em risco as suas vidas, a sua fé, e as próprias almas... 
Este foi o bilhete que deu acesso ao filme The Nun, bem como à Sessão de Abertura
O que posso dizer do filme? É excelente! Tem um bom argumento, excelentes actores, e óptimos efeitos especiais! É uma história bem construída, que convido todos a ver, especialmente quem aprecie apanhar uns belos sustos (sem ser daqueles que alguns apanham, quando fazem os testes do HIV, Gonorreia, e afins)! Todavia, o filme, tens aspectos positivos e negativos, a saber: a cabra da Freira aparece muitas vezes... demasiadas vezes, fico confuso quem seja realmente o protagonista...
a meu ver, a Freira, poder-se-ia ver assim ao longe, e no máximo ver-se o rosto... vemos a puta demasiadas vezes; o final é extraordinário, a cena onde a noviça cospe o sangue de Cristo na fronha da Freira, é épico (Go girl!)! The Nun é um bom filme, para comercial... Sustos não faltarão!!! =)

Eis a linha temporal da saga The Conjuring:
1952 - The Nun
1955 - Annabelle Creation
1970 - Annabelle
1971 - The Conjuring
1977 - The Conjuring 2

Também deixei de dormir, com Under the Shadow, ou Rift (de Erlingur Óttar Thoroddsen)! =P




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

P.S. - Pararam de rezar? Oops... estão fodidos! xD