Em Setembro: lê as entrevistas EXCLUSIVAS aos realizadores Miguel Gonçalves Mendes, Gonçalo Almeida e ainda ao Director do MOTELX Pedro Souto! =D

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Arte & Ciência

Olá!

Há esperança. Sim, as coisas estão a mudar! A música e a dança, já trilham nos corredores gélidos da ciência. A arte tem razões para sorrir e ficar orgulhosa daquilo que é.

Tal como vos tinha dito no início de 2016, percebi que a vida não pode ser apenas casa-faculdade e faculdade-casa e comecei, então, a ir a alguns eventos (congressos, conferências, debates, entre outros) para me pôr mais feliz (a faculdade não anima ninguém!) e a obrigar-me a relacionar-me com pessoas (para além de me obrigar a pôr jeitosão para onde quer que vá!)!! =D
E quando no largo do Teatro Nacional de São Carlos...
Penso que as pessoas não fazem ideia da quantidade de eventos que há em Lisboa... só no ano passado fui a mais de 40! Alguns deles foram mais do que um dia, outros apenas umas horas.
Sim, alguns são pagos mas, a grande maioria, são gratuitos! Basta estarem atentos e inscreverem-se!

Depois de ir a tanto sítio e ouvir tanta coisa comecei a pensar: porquê faço isto? Mas não em canso?

Cheguei a um ponto que o facto de me arranjar, e gostar mais de mim, tornou-se algo mecânico e sem grande inspiração divina e, ir a sítios (sozinho) deixou de ser um bicho-papão! Põe-se então a questão: porquê continuar a ir? Bom, porque quero aprender. Ouvir, tornou-se então, um vício difícil de domar!
Quando a música invade o Supremo Tribunal de Justiça...!
Percebi que, o acto humilde (mas genuíno!) de querer aprender, só pode trazer benefícios. O que nós aprendemos na escola é informação ultrapassada e... inquinada por quem ensina e / ou por quem programa o plano de estudos. Através destes eventos científicos, a informação é quentinha, acabada de ser redigida e, é explicada, pelos próprios investigadores. Às vezes, dou por mim a ter opiniões tão... diferentes daquilo que tinha há uns anos atrás e acabo nem saber porquê. Aliás, até sei, subconscientemente emito as minhas opiniões com base naquilo que aprendi.

Porque aprender sobre a fiscalidade em São Tomé? Ou sobre a poesia homoerótica de Fernando Pessoa e a sua relação com António Botto? Porquê aprender sobre o gesso usado em capelas medievais católicas no Alentejo interior? Ou sobre o empreendedorismo jovem chinês em Portugal?
... É invadido por canto lírico e dança contemporânea?!
Para estar informado - o "saber não ocupa lugar". Sei que, muito do que aprendo, nunca (ou muito dificilmente) irei pôr em prática mas... acho que devemos ter conhecimento de tudo o que nos rodeia, mesmo que nos pareça desnecessário. Ninguém sabe tudo. Até um doutorado numa área rara, tem tanto para conhecer.... noutras áreas(e na sua própria!). A informação tem prazo de validade e, cabe a cada um de nós, querer fazer o refresh!Quem não o fizer, torna-se fora do seu tempo, desactualizado.

E, depois de tudo isto, perceber que os programadores destes eventos científicos querem pôr as artes no mapa. E fazem-no bem. A cultura só se pode elevar se, crescer nas suas várias vertentes. Não nos devemos ficar pelo achómetro da vida, devemos ouvir e ler... a ciência da vida está na arte de a saber manejar, cuidar e perpetuar. O caminho que escolhes, é (sempre!) uma questão de honra.

Deixo-vos com Mario Vargas Llosa, a falar sobre a Democracia (e o futuro desta).




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

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