Em Setembro: lê as entrevistas EXCLUSIVAS aos realizadores Miguel Gonçalves Mendes, Gonçalo Almeida e ainda ao Director do MOTELX Pedro Souto! =D

terça-feira, 17 de outubro de 2017

3º dia MOTELx '17

Olá Olá!

Hoje falarei sobre os 4 filmes que vi dia 7 de Setembro, no 3º dia da 11.ª edição do MOTELX.
Depois de uma Sessão de Abertura, e de um 2º dia de Festival intenso... um 3º dia com 4 filmes! lol
No MOTELX estavam expostos... olhos! =P
Antes de mais, vejam o vídeo em relação ao dia 7 de Setembro - 3º dia de MOTELX 2017!


Às 14h15, na sala Manoel de Oliveira, vi o filme Better Watch Out (Austrália/EUA, 2016). 

Com claras referências ao “Home Alone”, “Better Watch Out” pega no conceito do clássico dos anos 1990 e faz dele uma inteligente comédia negra, onde o Natal se transforma em plano de fundo para uma história sangrenta de home invasion.

Sinopse: Luke é um rapaz como muitos outros, com uma família suburbana atenciosa. É a altura do Natal e os seus pais vão jantar fora, deixando o rapaz de 12 anos ao cargo da babysitter Ashley que, por acaso, também é a rapariga por quem tem uma grande paixão. Enquanto Luke a tenta impressionar, ambos apercebem-se rapidamente de que um estranho se está a meter com eles. Fechados em casa sem forma de comunicar com o mundo exterior, e forçados a jogar ao gato e ao rato, esta vai ser uma autêntica luta pela sobrevivência... ou será que é algo ainda mais sinistro? 
E este foi o bilhete que deu acesso ao filme Better Watch Out
A curta, Cul-De-Sac (EUA, 2016), antecedeu ao filme. Esta curta de 14 minutos, falada em inglês, conta-nos a história de um casal com um filho pequeno onde, por toda a casa, há escutas mas, quem será que os persegue? A curta serviria um óptimo mote para uma longa, revelando o que a antecedeu.

Excelente filme! Bons actores, boas piadas, e sabe sempre bem rever uma história que passa todos os natais na televisão... e eu vejo! E se o filme do "Sozinho em casa" fosse um filme de terror? Pois bem, está aqui! Gostei particularmente do protagonista que, ao longo do filme, vai mostrando cada vez mais da sua personalidade e, no final, leva um manguito (merecido!) da sua babysitter... Neste caso, o fazer mal (e o seu fingimento) não compensou! Um filme que recomendo... neste Natal! =D




Às 16h25, na sala 3, vi o filme Kaleidoscope (Reino Unido, 2016).

Com experiência em comédia televisiva, Rupert Jones assina o seu primeiro filme de terror. Para isso contou com a ajuda do irmão, o multifacetado actor Toby Jones, num filme que evoca não só Hitchcock em “Psycho”, mas também Polansky em “The Tenant”.

Sinopse: Um ano após ter saído da prisão, Carl Woods, de meia-idade, conseguiu adaptar-se ao mundo exterior. Encontrou emprego e um apartamento, e aventura-se agora na sua primeira saída nocturna com uma mulher em mais de 50 anos. Este evento coincide com o reaparecimento da sua mãe ausente, e com as tentativas dela no sentido de apaziguar as diferenças que tão violentamente os afastaram. Enquanto Carl tenta suportar as influências nefastas do seu passado, sente-se cada vez mais atraído pelos pensamentos negros do seu próprio vórtice psicológico.
E este foi o bilhete que deu acesso ao filme Kaleidoscope
Sim, também há filmes de terror para intelectualóides! Bom, se neste não é, parece. No início é bastante parado e, conforme passa o tempo, vai-se revelando mais coisas. Não gostei do filme, nem do protagonista. Gira muito à volta do irmão do realizador (que esteve presente na sala), e da sua relação com aquilo que vê (ou pensa que vê). Gostei particularmente da personagem da mãe dele!




Às 19h00, na sala 3, vi o filme Prey (Holanda, 2016).

Dick Maas, o veterano do terror holandês, está de volta com uma variação do tema de “Jaws” no seu estilo inconfundível carregado de humor negro. Nada de mais para quem já transformou um elevador num assassino (“De Lift”) e Amesterdão no território de um serial killer (“Amsterdamned”).

Sinopse: Após a descoberta do homicídio macabro de uma família de camponeses nos arredores de Amesterdão, a polícia não faz ideia de quem poderá ser o possível perpetrador. Contudo, Lizzy, uma veterinária do jardim zoológico, crê saber quem poderá ter causado as mutilações sangrentas: um leão forte, grande e feroz. Ninguém acredita muito nesta hipótese, e é necessária uma segunda matança para que, finalmente, as autoridades aceitem o plano rigoroso de um caçador de leões britânico para apanhar o monstro. A caça está aberta…
E este foi o bilhete que deu acesso ao filme Prey
Rir, rir, rir! Este filme não é de terror mas sim, uma comédia! Um filme cheio de apontamentos de humor negro contemporâneo, onde até se fala do Kanye West! Ao meu lado estava um casal onde, a mulher, no início do filme estava envergonhada de rir mas, já no fim, ria que nem uma perdida! Hilariante! Um argumento bastante simples, mas resulta extraordinariamente bem em pessoas bem resolvidas e sem politiques correctas! E quando um caçador persegue um leão numa cadeira de rodas eléctrica? Ou quanto este é perseguido pelo predador e... fica sem bateria no seu veículo? E, depois, achar uma ficha para carregar a bateria? Ahahahah! Excelente filme, para umas horas de sarcasmo!




Às 21h35, na sala 3, vi o filme Rift (Islândia, 2017).

Filmes de terror LGBT não aparecem todos os dias, muito menos da Islândia. O realizador Erlingur Thoroddsen consegue sintetizar os elementos de vários géneros tendo como pano de fundo as paisagens belas e sombrias da sua ilha natal, criando uma experiência cinematográfica intensa.

Sinopse: Meses depois de terem acabado, Gunnar recebe uma chamada estranha do ex-namorado, Einar. Soa perturbado, como se estivesse prestes a fazer algo horrível a ele próprio. Gunnar mete-se no carro e vai ao encontro da casa isolada onde Einar se refugiou. Ao reencontrá-lo, depressa se apercebe de que algo de mais sério se passa. Enquanto os dois homens tentam remediar a relação, um estranho parece estar a rondar a casa, com vontade de entrar.
E este foi o bilhete que deu acesso ao filme Rift
Não poderia deixar de ver, um dos principais candidatos a vencer a melhor longa-metragem de terror, do MOTELx. Com uma sala lotada (de gays), e com a presença do realizador Erlingur Óttar Thoroddsen que ia entrevistar no dia seguinte, iniciou-se este filme de terror gay. A fotografia do filme é maravilhosamente idílica, que nos faz desejar visitar a Islândia, mais que não seja pelas magnificas paisagens! Os actores, giros, deram corpo a um argumento sólido, onde a temática homossexual era constante nas cenas. Se gostei do filme? Claro! Consegue juntar uma densidade surpreendente às personagens, relacionando-as com o seu passado e aquilo que estão a viver no momento. Tal como falei com o Erlingur na entrevista, a cena onde aparece uma mão debaixo da cama onde as personagens fizeram amor, deixou-me cheio de medo à noite... Neste filme, junta-se a crítica às redes sociais e a vida perfeita de Instagram's, por oposição àquilo que devia ser real na vida: o Amor!




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

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