Boa noite!
Sabem com quem estive ontem? Com o Menezes Cordeiro! Sim! Ele mesmo! Não se lembram de quem é? Pois, é normal: ninguém comentou sobre o que ele escreveu, no seu mais recente livro.
Sabem com quem estive ontem? Com o Menezes Cordeiro! Sim! Ele mesmo! Não se lembram de quem é? Pois, é normal: ninguém comentou sobre o que ele escreveu, no seu mais recente livro.
António Menezes Cordeiro |
Eis um parágrafo, do seu mais recente livro, Direito do Trabalho I, publicado no mês passado:
"A vida íntima de uma pessoa pode, em qualquer momento, ser conhecida; e sendo-o, pode prejudicar a imagem de uma empresa. Assim, como exemplos: para quem pretenda lidar com valores, melhor será que não tenha cadastro e que não esteja insolvente; um homossexual não será a pessoa indicada para vigilante noturno num internato de jovens rapazes; uma recém-casada não pode ser contratada como modelo; um alcoólico fica mal num bar, o mesmo sucedendo com um tuberculoso numa pastelaria ou com um esquizofrénico num infantário. Não vale a pena fazer apelos ao politicamente correto, nem crucificar os estudiosos que se limitem a relatar o dia-a-dia das sociedades: o Direito vive com factos e não com ideologias." (página 566)
"A vida íntima de uma pessoa pode, em qualquer momento, ser conhecida; e sendo-o, pode prejudicar a imagem de uma empresa. Assim, como exemplos: para quem pretenda lidar com valores, melhor será que não tenha cadastro e que não esteja insolvente; um homossexual não será a pessoa indicada para vigilante noturno num internato de jovens rapazes; uma recém-casada não pode ser contratada como modelo; um alcoólico fica mal num bar, o mesmo sucedendo com um tuberculoso numa pastelaria ou com um esquizofrénico num infantário. Não vale a pena fazer apelos ao politicamente correto, nem crucificar os estudiosos que se limitem a relatar o dia-a-dia das sociedades: o Direito vive com factos e não com ideologias." (página 566)
Tudo é desapontante. Tudo. Poderia, estar aqui a esmiuçar cada exemplo mas... valerá a pena? Claro que não, é tão absurdo, que nem irei infantilizar-vos a explicar esta estupidez. Todavia, admiro-o.
Ele é, indubitavelmente: o civilista obrigacionista, mais influente em Portugal; um dos civilistas mais importantes do nosso país e; um dos mais reconhecidos professores Catedráticos, e dos mais influentes que temos. Ele é, um grande influenciador, junto dos nossos legisladores. O que ele escreve, torna-se lei; o que ele diz, não é posto em causa; o que ele acha, todavia, deve ficar para ele. Admiro-o sim, mas decepcionou-me tanto...
É surpresa para mim? Não. Eu já sabia destas suas... opiniões. Já aquando da co-adopção (quer na FDL, quer na AR), este tinha feito umas declarações chocante! Bom, só espero que o filho, o Barreto Menezes Cordeiro (na FDL é só dinastias), não siga o exemplo de seu pai (pelo menos, nesta caso!).
Todavia, e passado uns dias deste caso ser notícia, o senhor professor doutor, resolver vir esclarecer as coisas. Esclareceu? Não, muito pelo contrário - enterrou-se ainda mais. Mas lá está, como ele diz sempre, não está preocupado com o politicamente correcto, nem ambiciona cargos políticos...!
Quanto à frase, "uma recém-casada não pode ser contratada como modelo", este admite que "houve um lapso" e que, quereria dizer, "mulheres que tencionem engravidar". Really? =(
O Catedrático, queixou-se das inúmeras críticas, afirmando que "as frases foram retiradas do contexto", e acrescenta: "Em todo o livro defendo que ninguém deve ser discriminado em função da sua inclinação sexual, está na Constituição e já antes o defendia. Acho que os homossexuais são pessoas como quaisquer outras.Tenho bons amigos homossexuais, dos quais gosto muito, não tenho nenhum problema com a sua inclinação sexual". Inclinação sexual? Seriously??? =(
Em relação aos homossexuais, este indica que, tem de se "adequar o perfil à função": "para defesa dele e da empresa e para defesa dos miúdos. Se ele não fosse contratado, não era discriminação". Ainda: "Não estou a dizer que não possa ser contratado, existe uma razão objetiva para não o ser"; e dá um exemplo, "As senhoras revistam as senhoras e os cavalheiros revistam os cavalheiros." Também diz: "Se uma mãe de família tiver um filho numa instituição certamente que iria preferir que não fosse um homem homossexual a lidar com ele". A sério que estou a ler isto? =(
E para rematar: "Colocar um heterossexual a vigiar um internato de raparigas também não é adequado, não é discriminatório, não é proibido, mas não é adequado". Vale a pena comentar? =(
Vá, calma, tenho a solução perfeita: Rendimento Básico Universal. Para quem? Para todos nós! Homossexuais, heterossexuais, recém-casadas, e por aí fora! Ai ai ai... esta gente, esta gente! =(
Deixem ser o que quiserem! Larguem as pessoas! É urgente a Liberdade! Vivam, sem merdas!
Beijinhos e portem-se mal!! ;)
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