Devia ser inventada a expressão "cidade-aconchego". Se tal fosse inventada, poderia fazer copy past da sua definição mas, devido à sua inexistência, terei de escrever este texto.
A vida dá voltas. Tantas. Mas tantas. E continua a dar voltas. E, eu, sinto-me numa centrifugação.
Sinto-me sem reacção. Sinto-me incrédulo e cansado. Sinto-me fraco e desapaixonado. Não acredito.
Só há algo que não me desencanta. Lisboa.
Praça dos Restauradores, hoje à tarde. |
Há problemas sem solução e, eu, tenho de me resignar ás evidências. Mas eu não quero... mas tem de ser. Se não desisto, sofro (ainda mais). Perdi tanta coisa. Descobri tanta coisa. E eu? Serei o mesmo?
Se as circunstancias mudam, nós também mudamos. Mudamos? Há tantas perguntas que não tenho resposta, como tantas verdades tinha que afinal não passavam de pó, de tão velhas que eram.
Porque a vida é tão complicada? Reformulo: porque a vida não é pura, sem malícia e com verdade?
Praça do Marquês de Pombal, hoje à tarde. |
Não desisti. Vesti-me, sai de casa e perfumei-me - ia ter um encontro... ia encontrar-me.
Descobri que, para desatar os meus nós, nada melhor do que eu próprio e a ajuda de um aconchego da minha cidade. Amo Lisboa. Amo e sei que não me desencantarei por ela. Ainda este sábado, eu e o Limite do Oceano, conhecemos um espanhol que dizia que amava Lisboa, mais do que outra cidade no Mundo. E ele tem razão. Lisboa aconchega quem chega a ela, sem exigir nada. E senti...
... o cheiro do abraço, era das castanhas. O arrepio que sentia, era do passado. Os lábios que se tocavam, eram os meus. Os braços que se apertavam, era do medo. Mas quem aconchegava, era Lisboa.
Cristalizem o Amor. Por favor.
Beijinhos e portem-se mal!! ;)
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