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sexta-feira, 8 de julho de 2016

Trafaria Praia

Olá!

No outro dia tive a sorte de conhecer o “pavilhão flutuante”! Do que falo? Quem não conhece o antigo cacilheiro que a Joana Vasconcelos reconverteu para a Bienal de Veneza em 2013? Lá, foi visitado por cerca de 100 mil pessoas e eu, cá, tive já a sorte de o visitar! =)

Via-se, ao longe, um cacilheiro branco e assim percebi que tinha chegado ao local pretendido. Metaforicamente, diria até que se trata de uma noiva que, antes de penetrar no Tejo, é pura e imaculada - é magnifico! Mas chega de teoria e passemos à prática!!!!

Por fora da embarcação, está aplicado um painel de azulejos, pintados à mão, em cores de azul e branco, que mostra Lisboa antes do terramoto de 1755... lindo.
Convés da embarcação, com obra da artista portuguesa
Por dentro, a artista cria algo fabuloso! O ambiente marinho e misterioso, é apenas iluminado por milhares de luzes LED's, por entre um negrume cheio de estranhos volumes que vão ganhando vida, sempre que as luzes se acendem.... aviso já disto quem tem medo do escuro (tal como eu LOL)!

A beleza do local, não está apenas no exterior e no convés. Basta subirmos ao andar seguinte para nos apercebermos da profundidade e objectivo comercial do local. Obviamente que, sendo explorado pela empresa Douro Azul, o objectivo é, para além das visitas pelo Tejo, conquistar outros "mares"...

Facilmente consegue-se imaginar um belo fim de tarde neste barco - há um toldo que nos mantém sempre à sombra e, com os salpicos que vamos apanhando do rio Tejo, sempre dá para refrescar até o ambiente mais hot!! xD
Tombadilho do cacilheiro Trafaria Praia
Tentei reparar em todos os pormenores, mas há um que me puxou particular interesse. Quando se sobe na embarcação, estamos diante outras escadas pequenas de madeira, onde o Mestre da embarcação (simpático homem da Margem Sul e cheio de histórias para contar!), navega os passageiros. Para nos embalar, existe como pano de fundo, umas faixas de fado tradicional que, diria até, que é da Rádio Amália... talvez fosse mais giro, ter já umas faixas escolhidas: tipo Mariza Camané, Raquel Tavares, Ana Moura... é necessário mostrar a "nova geração do fado"! =)

Ahahah - só me lembrava que, se houvesse ali um engano musical, poderia vir a ser tocado Madonna, Kazaky ou até mesmo, Rosinha!! Já estou a ver o cacilheiro a balançar, ao ritmo dos passos de dança frenéticos (mas lentos, pois 'tá claro!) de Joana Vasconcelos - qual maremoto de 1755! Esta é, certamente, a única humana a saber falar Balaiês - visto ser descente de tais mamíferos! xD
Imagem do Santo António, presente no barco
Segundo: diante das tais escadas, somos obrigados a virar à esquerda, onde encontramos este singelo (e requintado) Santo António. Reparem bem na magreza do seu rosto, o desenho fino dos seus lábios, e do seu ar contemporâneo! Seguindo em diante, vamos ter ao tombadilho, já mostrado anteriormente. Este é um local onde se pode Sonhar, a escassos metros da água e aqui... em Lisboa!

Para terminar... repararam bem no pormenor da cortiça? Estamos no Verão, né?! Já podem imaginar o "efeitos de estufa" que se fazia sentir nesta zona da embarcação! Aqui, era tentar que houvesse maior circulação do ar... já nem quero imaginar como será no Inverno - tão depressa devemos estar no Ártico, como no Sáara! É tratar disto, 'xim????!

A música que, de uma forma tão romântica, fala-nos de tradições marítimas e do poder feminino! =)




Beijinhos e portem-se mal!! ;)

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